Capítulo 43 - Submersa

68 6 0
                                    

O som dos meus saltos altos nudes ecoavam enquanto caminhava em direção à saída do prédio, vestida com um vestido vermelho de seda pura, as finas alças deixavam a parte das minhas costas à mostra, a delicada fenda na lateral revelava uma parte pequenas de umas de minhas coxas e a barra terminava um pouco acima dos joelhos, os cabelos médios soltos, uma fina camada de maquiagem, uma bolsa prata e pequenos diamantes nas orelhas, assim que saio pela porta de vidro do apartamento avisto Henry encostado no carro com os braços cruzados

- Acho você quer me matar do coração - ele fala olhando para mim enquanto me aproximo

- Porque? - digo intrigada

- Está tão linda que quase meu coração parou - ele dá um sorriso

- Não seja bobo Henry - digo contendo o riso

- Vamos? - ele lhe estende a mão

- Vamos! - coloco minha mão sobre a sua

Ele abriu a porta do carro para mim e logo começamos a pequena viagem até o restaurante, apesar dele sempre ser gentil e agradável no fundo sentia um enorme desconforto, Henry sempre foi amigo de Thomás, não tanto quanto o Bruce, mas me lembro de quando eles se encontravam, como Thomás e eu fomos criados juntos, conheço o desde de criança, talvez fosse esse o motivo do meu incômodo, o carro parou em frente ao estabelecimento e o recepcionista dos veículos abriu a porta para mim

- Boa noite madame - o homem disse gentil lhe entendendo a mão para sair do carro

- Boa noite - dou um sorriso para o mesmo aceitando a ajuda

Henry saiu do carro e lhe entregou as chaves ao homem e logo lhe estendeu um de seus braços para que eu pudesse acompanhá-lo, entramos no restaurante nos sentando em uma mesa mais ao centro do ambiente e um garçom veio até nós

- Boa noite! Gostariam de pedir alguma bebida? - diz com um sorriso grande

- Traga um Cabernet Sauvignon por favor - Henry arrumando o terno

- Certo! - o garçom diz se retirando

Apesar de Henry não ser de classe social baixa, ele não era como eu e muito menos nenhum Bruce Wayne, não precisava pedir um vinho tão caro para me impressionar, pois afinal tinha vindo para ter a companhia dele não comer e beber nas suas custas, porém fingi que nada tinha acontecido, não queria deixá-lo constrangido

- Então Henry - me ajeito na cadeira - O que você faz da vida?

- Sou advogado - ele dá um sorriso

- Pensei que trabalhava com seu pai na polícia - digo intrigada

- Na verdade sou o advogado dele nos processos que ele está sendo acusado, por mais que eu achei que ele está errado - ele diz tedioso - Mesmo assim ele ainda é meu pai, então preciso tentar ajudá-lo

O pai dele é Nathaniel Barnes, atual Capitão da polícia de Gotham, estava sendo acusado de corrupção e outros crimes um tanto peculiares, sem sombra de dúvida ele era culpado e logo seria preso

- E você a diretora da Foster Industries - ele diz com um sorriso de canto - Deve ser muito trabalhoso

- Na verdade quem cuida de tudo é o Thomás, ele é mais dono dela do que eu - dou uma risada

- Você é bem sacana em Kate - ele riu também - Nunca imaginei o Thomás como ele agora, trabalho estável e uma linda família

- Ele conseguiu encontrar a felicidade - digo suave

- Pensa em ter uma família Kate? - Henry pergunta intrigado

- Quem não gostaria de ter uma família não é mesmo? - falo doce - Porém acho que isso está bem longe da minha realidade

A princesa de Gotham Onde histórias criam vida. Descubra agora