Capítulo 78 - Arrependimentos

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Mais uma noite caia e mais uma ronda pela cidade de iniciava, não pararia de procurar por ela, vou fazer isso todos os dias até não aguentar mais, estava acordado por mais ou menos umas 48 horas, não descansaria enquanto ela não estivesse nos meus braços novamente, ativo a potência máxima no painel do carro super tecnológico indo em direção a uma rua escura, estaciono com rapidez dentro de beco e saio subindo pela lateral do prédio velho, corro pelo terraço e entro pela porta de saída com cautela, escuto vozes nos andares de baixo, eram os capangas daquele lunático, desço alguns degraus tentando ouvir melhor o que falavam, era coisas aleatórias, nada que pudesse me ajudar, jogo um gancho no teto puxando meu corpo para ficar grudado, apoio minhas mãos e os joelhos sobre o gesso e caminho discretamente para outro lado da escada, assim poderia me aproximar ainda mais sem eles perceberem, eram no total três homens armados com metralhadoras, pulo na frente dele, eles se assustam e começam a atirar em minha direção, salto para cima e já desarmo dois ficando de costa para eles, o único que ainda estava armado vira para trás dando de cara comigo, aponto a arma para chão e seguro em seu pescoço com tanta força que seus ossos chegam a estralar

- Onde o coringa está mantendo Katherine Foster? - pergunto o erguendo para cima

- N...não sabemos de n...nada! - diz soltando a arma e segurando meu pulso

- Diga agora senão eu o matarei! - olho com raiva

- O...o coringa n...não nos falou nada, e...eu j..juro! - suplicou pela vida

Com a mão livre dou vários socos no rosto dele até desmaiar, o solto no chão e me viro para os outros dois que me olhavam apavorados, em um ato de desespero eles correram em direção a uma porta ao lado, mas entro na frente deles, tentam inutilmente me bater, dou um rasteira em um e o outro joguei sua própria cabeça na parede com muita força, um corte se fez da sua testa jorrando sangue enquanto caia no chão fraco

- R...realmente não sabemos de n...nada! Por favor não me mate! - o único que estava consciente implorou para viver

Pego ele pelos cabelos o arrastando, subi as escadas, ele gritava enquanto seu corpo batia nas quinas dos vários degraus, chego no terraço e vou até o parapeito puxo ele colocando quase todo o corpo para fora do chão e se ele mexesse um dedo deixaria ele cair sem expressar nenhuma sentimento

- Vai me dizer ou não?! - sentia tanto ódio que o soltaria a qualquer momento

- B...Batman eu imploro! Não sei de nada! - seus olhos estavam cheios de lágrimas

Por mais insuportável que seja ele estava falando a verdade, o puxei para o terraço novamente e o arremessei com toda minha força, ele bateu em uma parede e caiu desacordado, mais uma vez iria voltar para casa sem resposta, sinceramente estou perdendo as esperanças de encontrá-la, mas nunca desistiria, vou fazer isso todo os dias, nem que eu passe a vida toda a procurando, mas eu jamais vou desistir dela, desistir é como aceitar que ela morreu e isso é algo inimaginável na minha cabeça

Já estava no porão subindo as escadas e arrancado a máscara com brutalidade, estava extremamente cansado, a única coisa que queria era poder ter ela aqui para me acariciar e dormir em seus delicados braços, só de pensar nisso sinto sono, ela me acalmava e fazia todo o estresse ir embora, quando seus dedos se enrolavam nos meus cabelos minha alma saia do corpo, era a melhor coisa do mundo, jogo meu corpo em uma cadeira aleatória descansando meu peso das minhas pernas, nunca mais voltaria naquele quarto onde dormíamos, o trancaria e deixaria tudo exatamente como está, ninguém nunca mais colocará os pés lá dentro, as flores perderam sua curta vida e a obra de arte se tornará uma relíquia, o cheiro dela para sempre continuará lá, nossas noites de amor se tornaram eternas e aquela manhã maravilhosa se revivida dos os dias incessantemente, devia ter aproveita mais, não devia ter briga tantas vezes com ela por motivos bobos, devia ter a amado mais, devia ter a beijado mais, a falta dela está me corroendo como um ácido derramado em uma mesa de madeira, doí tanto pensar que a deixei para protegê-la, mas o que fiz foi só fazê-la infeliz, pois mesmo sendo capaz de salvá-la não consegui e ela se foi pra sempre, jogo minha cabeça para trás e fecho os olhos pensando nos momentos incríveis que tive ao lado dela sentido o sono me consumir

" Sonho on "

Corria em direção a ponte de Gotham, meu coração estava disparado e a adrenalina mantinha uma velocidade absurda sobre meus pés, então ela vem na minha memória, precisava salvá-lo antes que o pior acontecesse, assim que chego ela estava com as mãos e os pés amarrados em uma corda grossa tentando equilibrar os fracos pés na beira da ponte

- Bruce socorro!!! - grita desesperada olhando para mim

Corro até ela e quando chego ao seu lado seu corpo desequilibra caindo em direção ao rio, tento pega-lá no ar o que foi em vão

- Kate!!! - grito pulando junto com ela

Seus olhos tinham medo, tanto medo que me assustou, seu corpo fraco chocou-se com a água fria e foi sugado como a poeira é levada pelo aspirador, alguns segundo depois também entro para debaixo d'água a procurando, olhava de um lado para o outro e não a encontrava, ela tinha desaparecido até que uma sombra começa a subir em minha direção, nado o mais rápido possível e agarro levando para cima

- Surpresa!!! - era o coringa com aquele maldito sorriso

- Onde ela está seu desgraçado?!!! - o sacudo com raiva

- Morta! Eu a matei por puro prazer!!! - gargalhou

- Vou picar você em pedacinhos tão pequenos que ninguém nunca vai te encontrar!!! - o afogo

Ele morria lentamente debaixo d'água com aquele sorriso ridículo, seus lábios faziam um movimento de palavras silenciosas, "ela está morta" várias e várias vezes até seu coração para de bater e ele morrer com o sorriso no rosto

" Sonho off "

- Patrão Bruce! - o voz de Alfred ecoa alto ao fundo

Acordo assustado empurrando algo que estava perto de mim, era Alfred com um semblante cansado e triste

- Desculpa acorda-ló - diz calmo - Mas o funeral acontecerá daqui algumas horas - sua voz tinha cautela

- Não vou participar desse teatro - digo sério

- Não vai se despedir dela? - pergunta triste

- Aquilo não é ela! Será que ninguém consegue entender?!!! - grito me levantando

- Bruce - se aproxima de mim

- Não venha com esses seus discursos de que sente muito e que entende a minha dor porque você não sabe de nada!!! - aponto um dedo para ele

- Ela está morta! Pare de procurá-la por ia porque você não vai encontrá-la em lugar nenhum! - ele me repreende

Não pensei duas vezes e dei lhe um soco no rosto que o fez dar passos para trás, alguns segundos depois olha para mim tranquilo passando os dedos no nariz que escorria um pouco de sangue

- Alfred me desculpe - digo vendo o tinha feito

- Está melhor? - pergunta olhando para mim - Vai pode descontar toda essa sua raiva em mim, eu não me importa, só quero que ela saia do seu peito

- Não posso viver sem ela! Não consigo Alfred! Não dá!!! - enterro meus dedos nos cabelos sentindo as lágrimas escorrem pelo meu rosto

No meus instante ele me abraça forte dando me um certo conforto

- Estarei sempre do seu lado para ajudá-lo a se levantar - diz com a voz rouca

- Não consigo mais me levantar! Ela era tudo o que eu tinha na vida! Ela era meu mundo!!! - a sensação de dor e raiva percorriam pelo meu corpo

Alfred me abraçou ainda mais forte tentando me ajudar, mas a única coisa que vai parar essa dor insuportável é a morte, assim toda a angústia e sofrimento se tornaram toleráveis e agradáveis

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