O nono mês de gestação estava próximo, tudo estava planejado para Martha nascer daqui 15 dias, já tinha organizado tudo, o quarto, as malas e a organização do dia, sei que claramente ele não será cumprido, mas eu preciso ter uma noção de como vai ser esse dia, o nervosismo batia a cada dia mais intenso, só de pensar nas contrações e na sala de cirurgia me arrepio inteira, tudo parece tão horripilante, o parto sinceramente é algo que me assusta, fiz algumas sessões de terapia, porém não mudou nada, continuo com medo e pavor
Hoje vou até o escritório de Bruce fazer uma visitinha, não aguento mais ficar em casa o dia todo, Thomás não me deixa nem sequer assinar contratos e Bruce piorou, só falta ele me dar banho, eu preciso sair um pouco, depois de um longo e delicioso banho, vou até o closet, escolho um vestido longo bem confortável, ultimamente ando usando apenas vestidos, eles são muito mais práticos e confortáveis, coloco rasteiras simples, penteio os cabelos, passo perfume e uso apenas alguns produtos de maquiagem, pego minha bolsa de mão e saio do closet indo em direção a porta do quarto, desço até a cozinha vendo Alfred com um café e um jornal, me aproximo e ele me olha
— Olá senhora Katherine, vai sair? - ele diz sereno e com um sorriso doce
— Vou sim - sorrio com uma das mãos na barriga - Vou até o escritório de Bruce, estou cansada de ficar olhando para as paredes do quarto - suspiro tediosa
— Tenha cuidado, nossa menininha está enorme - ele olha para minha barriga e da um sorrisinho
— Claro Alfred - sorrio e aceno para ele saindo da cozinha - Até mais tarde
Ele se despede de mim, vou até o hall de entrada da mansão saindo já vendo o motorista, digo a ele que iria a Wayne Enterprises, entro no carro e seguimos a curta viagem, olho para minha barriga e sorrio boba, eu até que gosto dela aqui, apesar de ser bem pesado e um pouco desconfortável eu sinto que ela está mais segura aqui, eu quero a proteger de tudo, de todas as coisas horríveis que eu passei, eu nunca vou deixar ela sozinha, sempre vou estar aqui para segurar sua mãozinha e dar um beijinho no seu joelho ralado
Logo avisto o enorme prédio coberto por vidros, o motorista estaciona em frente e abre a porta para mim, me despeço do mesmo com um sorriso gentil e me dirijo para o prédio, assim que entro atraio muitos olhares, logo um homem se aproxima de mim e o reconheço, era Eric, nosso padrinho de casamento e amigo, ele vem até mim com um sorriso e boquiaberto olhando para minha barriga
— Santo deus! Martha não vai demorar para chegar Kate! - disse super animado me abraçando
O abraço e dou um risinho com seu comentário
— Eu não vejo a hora, essa menininha está me cansado muito já - rio acariciando a barriga
— Como o tempo passa rápido não é mesmo? me lembro de vocês se casando e agora está quase nascendo o bebê de vocês - ele me olhava sorrindo
— Você tem razão, estou vivendo a melhor fase da minha vida - digo meiga
— Estou vendo isso pelo brilho dos seus olhos - ele sorrio e me estendo o braço para eu o acompanhar - Vem eu te levo até a sala do Bruce - sorri simpático
— Obrigada Eric - sorrio e pego em seu braço
Conversamos o caminho todo sobre os últimos meses em que não nos vimos, ele é muito gentil e doce, na verdade seu papel na empresa é o braço direito de Bruce, eles sempre foram amigos, os dois são como irmãos, assim que chegamos até o escritório de Bruce ele se despediu de mim e saiu provavelmente indo para sua sala, bato na porta e logo ele gritar entre com um tom levemente irritado, deve estar com muito trabalho, abro a porta e o vejo olhando primeiramente com um semblante sério e ao me ver muda ficando mais gentil
— Oi meu amor, eu não sabia que era você - se levantou vindo na minha direção
— Estou atrapalhando? Você parece ocupado - o olho meio preocupada
— Jamais doçura - ele veio até mim, segurou meu rosto e me deu um selinho longo - Vem cá - me puxo gentilmente para dentro fechando a porta
Me levanto até uma mesa, onde ele se sentou na sua cadeira e me colocou no seu colo
— O que faz aqui doçura? Devia estar em casa descansando - uma das suas mãos estava na minha cintura e a outra na minha barriga a acariciando
— Estou cansada de ficar em casa, eu vim passear um pouco - faço um biquinho manhosa me encostando nele
— A Martha está te deixando cansada não é mesmo? - ele me deita no seu peito e acaricia meu rosto me fazendo fechar os olhos
Me aconcheguei nele, estava cansada realmente, é bem pesado, coisas super leves e do dia a dia que são super comuns me deixando exaustas, mas eu preferia assim do que ao menos pensar no parto, eu não sei como você vai e nem como eu vou reagir, só de pensar me arrepio
— Amor...você acha que eu vou conseguir dar a luz?... - digo apertando meus dedos em seu terno pensando no meu pior pesadelo
— Doçura se calma - ele acariciava meus cabelos deitando meu rosto no seu peito - Vai correr tudo bem, eu vou estar no seu lado segurando sua mão e te confortando - beija minha testa e sua outra mão fazia um carinho delicioso na minha perna
— É que...isso está me deixando louca...eu tô com medo... - digo o que estava apertando tanto meu coração
— Não precisa ter medo, eu vou estar com você, não se preocupe que tudo vai estar dentro do planejado - sua voz era doce e serena
— Tudo bem... - digo um pouco mais tranquila e aproveito seus carinhos
Ele tem um dom de me acalmar tão fácil, com palavras doces e carinhos deliciosos, tudo ao seu lado se torna mais simples, suas mãos me acariciavam e me aconchegava cada vez mais em seu peito, levo uma das mãos seu seu rosto e beijo sua bochecha
— Acho melhor eu ir agora - me ajeito no seu colo - Você está ocupado e não quero atrapalhar - lhe dou um selinho e digo olhando em seus olhos
— Amor você não está atrapalhando, muito pelo contrário - sua mãos apertaram mais minha cintura e breve biquinho se fez no seus lábios
Dou um risinho e acaricio seus cabelos
— Você fica tão fofo assim - sorrio doce e me levanto do seu colo - Olha vamos fazer assim, eu vou até uma loja aqui bem pertinho para comprar mais algumas coisas pra Martha e volto para almoçarmos juntos - beijo sua testa - O que acha?
— Jamais que você vai sair sozinha pela rua com essa barriguinha enorme - ele se levanta e acaricia minha barriga - Eu vou com você então e de lá já vamos almoçar
— Bruce não vai acontecer nada eu não sou uma boneca de porcela... - não consegue terminar a frase ao sentir um líquido escorrer em minhas pernas
— Claro que é - ele dá um risinho e acaricio meu rosto que estava com os olhos arregalados - O que foi amor? - diz meio confuso
Estava sem reação, a bolsa estourou, Meu Deus! Aperto meus dedos no seu terno e já sinto seu olhar preocupado sobre mim
— Amor fala alguma coisa, o que tá acontecendo? - seu tom de voz era preocupado
— A-a bolsa...estourou... - o olho assustada e seguro minha barriga me abaixando pela dor
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A princesa de Gotham
Roman d'amourGotham, como eu amava Gotham mesmo sendo o inferno na terra ela tinha meu coração por completo, cada pedaço daquela maldita cidade me possuía, mas quando você apareceu ela se tornou nada como se eu nunca a tivesse amado tão profundamente, você consu...