The Arcrux - A Saga (LIVRO 1)

Capítulo 32

Vê-lo daquela maneira me lembrou do dia em que começamos a treinar e do susto que eu havia levado, da mesma forma ele sorria de canto a canto mas diferente daquela vez, eu não me assustei, apenas agi transparecendo minha "tranquilidade".

- Louis! Que surpresa ver você agora, na frente da porta do meu quarto. - saí de dentro do lugar antes que Sarah pudesse abrir os olhos.

O garoto riu e se afastou dando espaço para que eu passasse ao seu lado.

- Achei que nos encontraríamos na arena. - coloquei uma mecha atrás da orelha encarando Louis.

- Sim, é claro, mas eu queria te dar isso primeiro. - ele tirou uma margarida de trás dele mesmo e me estendeu com um sorriso.

Era delicada e fofa, Louis era um querido e um amor de pessoa, não queria magoá-lo e então abri a boca para dizer algo, mas não tive coragem.

Desisti e peguei a flor sentindo o cheiro do campo, um cheiro que eu adorava.

Sorri para ele e juntos fomos para a arena, Louis não parava de falar sobre o treinamento dos soldados e guardas, em como eles carregavam peso e malhavam.

Tudo que eu conseguia lembrar era de eles dormindo a cada vez que eu passava pelos corredores, era nítido que Louis só queria se gabar de como era um bom chefe da guarda.

Se eu fosse ajudar meu irmão a liderar, provavelmente essa a primeira coisa que eu faria, intensificar o treinamento e aperfeiçoar a preparação para que as pessoas realmente se sentissem seguras ali.

Se os Arcrux não estivessem isolados dos outros reinos, com excessão ao das bruxas, sofreriam ataques violentos e se nossa proteção dependesse daqueles guardas, nossas cabeças rolariam pelo chão assim que os inimigos pusessem os pés ali.

A situação era horrível, acho que estavam a tanto tempo sem serem atacados que acabaram se acomodando aquele estilo de vida sem se dedicar a proteger o reino, na verdade era decepcionante.

Assim que chegamos, coloquei a margarida sobre a mesa e notei o olhar de Louis sobre mim.

Procurei ignorá-lo e enrolei minhas mãos com alguns trapos de pano para que não fossem tão machucadas, me direcionei ao centro da arena e encarei Louis esperando que o mesmo me atacasse.

Ele sorriu maroto e enfaixou suas mãos calejadas o mais rápido que pôde enquanto aproveitei o tempo para me aquecer e alongar, meu corpo já estava bem dolorido e não precisava de mais manchas de pancadas.

Louis de direcionou até o centro do espaço e nós dois nos posicionamos prontos para o combate, ele veio até mim tentando acertar meu rosto mas de maneira brusca bloqueei o impedindo de me acertar.

Me aproveitei de seu momento desprotegido e dei um leve soco em seu peito, ele se afastou e sorriu novamente me deixando confusa.

Ele foi distribuindo socos no ar enquanto eu apenas me afastava de seus ataques até ficar sem espaço e meu corpo entrar em contato com o muro.

Louis se aproximou e quando faltavam apenas centímetros para seu punho acertar meu rosto, me esquivei para a lateral saindo de perto da parede fazendo com que sua força deixasse um buraco na muralha, por sorte eram camadas e mais camadas de pedra fazendo com que de certa forma aquela parte esburacada fosse apenas a superfície.

Arqueei as sobrancelhas extasiada com a agressividade de Louis mas tudo que aquele murro na parede me lembrou, foi quando Dylan começou a dizer aquelas coisas para mim.

Sobre as coisas que ele tinha deixado para apenas me encontrar, a portadora da destruição.

Um sorriso ladino escapou dos meus lábios ao lembrar do vampiro e tudo que pude sentir a seguir foi minhas costas batendo no chão duro e empoeirado, Louis havia se aproveitado do meu momento de distração para me passar uma rasteira.