Capítulo 8

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O que mais poderia existir sem que os humanos soubessem? Segredos, lendas, mitologias, entre outras coisas sempre estiveram debaixo do noso nariz, porém somos tão tolos e estamos tão ocupados que nunca nos demos conta do que existia entre nós.

Continuamos a viagem em silêncio, mas havia um barulho que vinha da floresta como se fosse.... música. Poderia haver alguma possibilidade de aquele ser habitar ali?

A floresta foi se dissipando, o céu ficava cada vez mais exposto revelando diversas constelações e estrelas que iluminavam nosso caminho. Ao redor do caminho haviam campos com diversas variedades de plantações.

Frutas, legumes e verduras totalmente bem plantadas e cultivadas, apesar da escuridão da noite eu conseguia identificar a maioria deles.

A carruagem se moveu por mais alguns minutos até Morgana a frear de uma vez causando um pequeno impacto em mim e Sarah que agarramos firmemente as janelas.

Minha porta de abriu e a feição da mulher era totalmente desgostosa, ela me puxou para fora da carruagem enquanto Sarah saía tranquilamente do outro lado.

- De onde conhece aquele homem, Cassandra? - ela segurou meus ombros me fazendo encará-la sem saber o que responder - Preciso que me conte a verdade.

- O engraçado é que eu tenho que contar a verdade pra todo mundo, mas ninguém é sincero comigo. - falei soltando meus braços de suas mãos pálidas e gélidas.

- Na hora certa a verdade virá a tona para você, mas por enquanto tem que confiar em mim. - disse ela me forçando olhar para ela novamente - De onde se conhecem?

Seus olhos pela primeira vez me passaram confiança. Fechei os olhos, respirei fundo e ao abrí-lhe contei o que havia acontecido.

Ela ficou com um semblante preocupado quando eu disse que havia sido mordida, até checou meu pescoço mas a cicatriz não estava ali.

- Me diga que ele não te deu do sangue dele, por favor. - Sarah segurou minhas mãos olhando no fundo de meus olhos.

- Mas é claro que não, por que ele faria isso? É nojento. - falei me sacudindo só de pensar na possibilidade.

As duas suspiraram aliviadas me deixando completamente confusa. Finalmente pude ter um momento livre e ao olhar para minha dirita me deparei com uma fortaleza de pedras e ruínas.

Era enorme, deduzi que seja lá o que fosse Arcrux, estaria abrigado ou escondido ali mas isso não jutificava as plantações diversificadas. Ao redor das ruínas haviam algumas flechas e espadas cravadas no chão.

Parecia que aquele lugar havia sido campo de batalha usado para guerras, combates e conflitos, talvez por isso haviam ruínas espalhadas ao redor. Apesar daquilo, o lugar estava até bem conservado.

- Vamos. - Morgana tomou a frente se direcionando até a entrada enquanto Sarah e eu a seguíamos sem questionar.

No umbral do portão gigante com arcada havia uma tocha que iluminava o lado de fora. Quando nos aproximamos uma pequena janelinha retangular foi aberta revelando olhos curiosos.

- Quem são vocês? - perguntou a voz ignorante.

- Eu sou Morgana Franklin, fundadora e regente do clã Illuminare. - respondeu Morgana em tom de autoridade.

Pude notar os olhos do homem arregalados, fechou a pequena janelinha e ouvimos o barulho de trancas se abrindo, finalmente o homem nos recebeu com a fronte curvada.

- Mil perdões minha senhora, sinta-se a vontade. - disse ele indicando com suas mãos para que entrássemos.

Morgana continuou com sua coluna ereta e cabeça erguida que lhe trazia um ar de superioridade, a maneira como o homem se portou fazia com que eu notasse que Morgana tinha uma reputação de poder.

The Arcrux - A Saga (LIVRO 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora