The Arcrux - A Saga (LIVRO 1)

Capítulo 4

Ao finalmente conseguir abrir a porta do quarto, me deparei com um corredor enorme e bem decorado, paredes de mármore, lamparinas devido ao entardecer e algumas estantes de livros em cada lado. Um homem e uma mulher ambos bem vestidos vigiavam a porta do meu quarto, ou seja, mesmo que eu conseguisse abrir a porta, eles provavelmente me capturariam.

Os dois estavam sérios e não me olhavam nos olhos, provavelmente estavam apenas obedecendo ordens. O desconforto deles por estarem ali me vigiando era nítido.

- Me esqueci de perguntar. - disse Sarah sinalizando para andarmos - Como é seu nome mesmo?

- Sério? Eu tento te matar e essa é sua primeira pergunta? - questiono a garota que parece pensar mas logo assente - Sou Cassie. A propósito, me desculpe pelo ocorrido.

Eu estava realmente envergonhada, Sarah parecia ser uma garota incrível e a primeira impressão que ela tem de mim é de uma terrorista que ameaça pessoas para obter informações banais.

- Está tudo bem agora, se por acaso você me machucasse, Morgana com certeza me curaria. - disse ela forçando um sorriso.

- Não se fosse um corte na veia jugular... - sussurrei para mim mesma e Sarah me encarou confusa.

- Disse algo?

- Então o nome dela é Morgana? - tentei desviar o assunto e por incrível que pareça acabou funcionando.

- Sim, ela é a fundadora do nosso clã. - disse Sarah enquanto ainda caminhávamos pelos corredores compridos e que pareciam não ter fim - Bom, meu dever é te apresentar o castelo, descobrir quem é você e depois vamos encontrar Morgana.

Me afundei em meus pensamentos e acabei ignorando tudo o que Sarah havia dito. Não sabia se deveria perguntar como a fundadora havia feito aquele truque com minha faca.

- Venha, quero lhe mostrar algo. - Sarah agarrou meu pulso e me fez correr atrás dela.

Enquanto corríamos nossos passos estalavam no chão duro e áspero fazendo um barulho que ecoava pelos corredores, haviam algumas portas também de mogno em algumas paredes e fiquei me perguntando se eram quartos ou apenas salas que escondiam segredos.

Quem sabe meu arco e aljava não estariam dentro de algum deles, mas de qualquer maneira demoria horas para procurar em cada uma das portas.

Sarah só parou de me puxar para correr com ela quando nos deparamos com uma escadaria de pedra que subia e descia, então ela soltou meu pulso e começou a descer as escadas animada. Pensei por alguns segundos se deveria seguí-la, eu não conhecia nada e nem ninguém ali, e se tivesse alguma coisa lá para a garota se vingar de mim por ter ameaçado sua vida?

Não havia muitas opções abertas afinal então assim fiz, se tivesse algo contra mim eu provavelmente teria feito por merecer. Já não conseguia mais ver Sarah pois ela havia descido escadaria a baixo.

Tentei alcaçá-la e fui o mais rápido possível, pude ver ela segurando a maçaneta no fim da escada e assim que seus olhos pararam em mim ela abriu porta e me chamou para ir até ela.

Ao me aproximar, Sarah abriu a porta e me levou até um jardim imenso cheio de flores que variavam entre rosas, cravos, margaridas, orquídeas, girassóis e gardênias, além de arbustos extremamente verdes com formatos diferentes.

No centro do jardim havia uma estátua de mármore moldada numa mulher que não me era estranha.

Havia uma mesa feita de mogno, aliás, tudo que era construído com madeira ali era feito de mogno. Bancos bem esculpidos e decorados, sobre a mesa algumas frutas e verduras coloridas e para ser sincera eu estava com muita fome mas não queria parecer deselegante.