Ele estava imóvel, sua expressão era neutra e a única coisa que eu conseguia fazer era piscar. Dylan estava ao meu lado apenas encarando Louis seriamente, imaginei que era ele quem fazia Louis permanecer parado como uma estátua.
Já eu, não sabia como reagir, o que dizer ou fazer.
Não tinha como explicar para Louis sobre o vampiro, eu não lhe devia explicações sobre minha vida amorosa, mas me relacionar com o suposto "inimigo" não era uma confraternização muito honrável na visão deles.
- Pode deixá-lo livre. - finalmente fui capaz de formular algumas frases.
Dylan nem sequer moveu seu olhar para mim, estava com o cenho franzido e a respiração pesada, ele e Louis se encaravam como os inimigos mortais que eram.
Era possível notar o ódio e a raiva que sentiam um pelo outro, o cheiro de testosterona no ar se destacou e eu soube o que aconteceria se eu não fizesse nada.
- Deixe ele ir, Dylan. - toquei o braço do vampiro que se esquivou - Eu irei cuidar dele para que Brandon não descubra.
- Com certeza vai ter que cuidar mesmo depois do que irei fazer com esse depravado. - Dylan cerrou os punhos e ainda sobre o controle dele, Louis conseguiu formular um sorriso libertino.
Aquela foi a gota d'água para Dylan, ele iria matá-lo sem muita dificuldade e por um momento repensei em deixá-lo fazer o trabalho.
Por mais repugnante Louis tivesse sido comigo, eu ainda não desejava a morte dele, muito menos que ela viesse das mãos da pessoa que eu mais me afeiçoava.
Ele lierou o lobisomen de seu controle mental e assim que o fez, Louis correu até ele dando vista ao seu machado de guerra.
Se não fosse por seus poderes sobrenaturais, provavelmente Dylan não sairia ileso daquela briga. Louis era robusto e musculoso, esmagaria uma pessoa com facilidade.
Além de ter seus dotes sobrenaturais a seu favor, como sentidos melhorados, velocidade, super força e outras coisas a mais.
Os dons de Dylan eram quase que incomparáveis, seus reflexos incríveis, o poder de controlar o sistema nervoso do oponente e também poder ler sua mente, assim podendo também prever seus movimentos.
Dylan era praticamente imbatível, e era isso que me preocupava.
Ambos correram na direção um do outro e Louis berrou tentando acertar seu machado no corpo do vampiro que o paralisou novamente, em questão de milésimos de segundos, ele sacou suas adagas que mal consegui ver de onde surgiram.
As adagas prateadas rasgaram o ar enquanto Dylan parecia flutuar nele, rapidamente elas abriram cortes finos e indetectáveis sobre a pele de Louis, tudo o que eu podia enxergar era pequenas gotas de sangue escorrerem por eles.
Levei minhas mãos até a boca sem saber o que fazer, tentei desvendar o motivo de Dylan estar tão furioso com o lobisomem além do motivo óbvio de suas espécies se odiarem.
Não poderia ser apenas aquilo, na manhã em que os soldados voltaram da patrulha, apenas Louis estava picotado, os outros estavam feridos mas não tanto quanto o chefe da guarda o que me fez pensar que Dylan deveria ter algum motivo específico para odiá-lo.
O vampiro permitiu que o lobo voltasse a se movimentar e assim que fez isso, Louis depositou um soco em sua boca provocando um pequeno corte no canto de seus lábios.
Um pouco de sangue avermelhado escorreu por seu queixo e Dylan deslizou seu dedo polegar pelo canto de sua boca para limpar o sangue, logo depois encarando o líquido expelido.
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The Arcrux - A Saga (LIVRO 1)
FantasiUma garota órfã tem sua vila massacrada por criaturas desconhecidas, por sorte ou destino ela é a única sobrevivente do local. Acaba entrando em uma aventura onde descobre ser fruto de um amor entre uma bruxa e um lobisomem Alfa, logo ela também de...