Capítulo 27 - Vinte segundos.

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Lauren

Estiquei o cobertor perto da fogueira e verifiquei o tubarão, me certificando de que ele não estava queimando. Não que importasse, porque nós tínhamos muito, mas meu estômago roncava e eu mal podia esperar para que estivesse pronto e pudéssemos comer.

Camila chegou usando o vestido azul, o cabelo molhado penteado para trás. Ela cheirava a baunilha. Sorri e levantei as sobrancelhas quando ela se sentou do meu lado. Ela ficou vermelha.

— Você está muito bonita — elogiei.

— Obrigada. Achei que devia me arrumar. Já que estamos comemorando.

Comemos tanto tubarão quanto conseguimos. A textura dos filés me lembrava a de um bife, e o sabor era mais forte do que o dos peixes pequenos que costumávamos comer.

— Você quer mais fruta-pão? — perguntei. Em vez de responder, ela arrotou. — Camila, estou chocada — provoquei. — Nunca ouvi você arrotar.

— É porque eu sou uma dama. E nunca tive comida suficiente no estômago para me fazer arrotar. — Ela sorriu. — Uau! Isso foi muito bom.

— Então, você quer mais? Está quase acabando.

— Claro — disse ela, rindo. — Agora eu tenho espaço.

Eu já tinha servido um pouco de fruta-pão nos meus dedos. Sem pensar, os estendi para ela.

Camila parou de rir e olhou para mim como se não tivesse bem certeza do que eu queria dizer. Esperei, e ela se inclinou na minha direção e abriu a boca. Deslizei meus dedos para dentro, pensando se meus olhos estavam tão arregalados quanto os dela. Quando ela chupou a fruta-pão, minha respiração ficou descompassada.

— Mais?

Ela confirmou com um leve aceno de cabeça, e a respiração dela também não parecia normal. Servi um pouco de fruta-pão e, desta vez, quando coloquei meus dedos na sua boca, ela colocou a mão no meu pulso.

Esperei que ela engolisse e então perdi a cabeça completamente.

Segurei seu rosto com as duas mãos e a beijei, com força. Ela abriu a boca e deslizei a língua para dentro. Eu poderia beijá-la por dias e, se ela me pedisse para parar, não sei se conseguiria.

Mas ela não me pediu para parar. Colocou os braços em volta do meu pescoço, pressionou o corpo contra o meu e me beijou de volta com a mesma intensidade. Eu a puxei para o meu colo, de modo que ela ficasse montada em mim, e gemi dentro da sua boca quando ela se sentou na minha ereção, o vestido enrolado até a cintura.

Ela beijou meu pescoço, lambendo e sugando até o meu ombro. A sensação era incrível. Puxei seu vestido por cima da cabeça e a levantei, deitando-a de costas. Enganchei meus dedos no cós da sua calcinha, e ela levantou os quadris para que eu a tirasse. Eu a beijava freneticamente, minhas mãos vagueando pelo seu corpo, porque eu não conseguia decidir onde queria tocá-la.

— Mais devagar, Lauren. — sussurrou ela.

— Não consigo.

Ela colocou a mão entre nós dois e tirou meu short. Assim que fiquei nua, ela me envolveu com a mão. Gozei vinte segundos depois, surpresa por ter levado tanto tempo.

Quando minha cabeça clareou, eu a beijei e passei as mãos em cada centímetro dela, devagar, dessa vez. Toquei-a em lugares que nunca imaginei que fosse tocar e, ouvindo os barulhos que ela fazia, imaginei que estava bastante bom.

Quando fiquei dura de novo, o que aconteceu logo, puxei Camila para cima de mim. Estar dentro dela era uma sensação diferente de tudo o que eu já sentira antes. Emma estava nervosa e tensa, e eu estava preocupado em não machucá-la, mas Camila parecia relaxada, como se soubesse o que estava fazendo. Ela se sentou ereta, as mãos espalmadas na minha barriga, se movendo no próprio ritmo. A visão era maravilhosa. Observei quando ela fechou os olhos e arqueou as costas; e, alguns minutos depois, quando sua expressão mudou e ela gritou, segurei seus quadris bem apertado e gozei mais forte do que nunca na vida.

Mais tarde, coloquei os braços em volta dela e sussurrei:

— Isso que aconteceu, você e eu, foi só hoje?

— Não. 

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