Capítulo 65 - Vende-se.

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Lauren

Eu me arrastei pelas escadas às nove e meia de uma noite de sábado e, assim que passei pela porta de casa, descobri que a festa tinha começado sem mim. Havia pelo menos quinze pessoas bebendo cerveja e tomando shots na cozinha e na sala de estar.

Meus colegas de trabalho e eu estávamos correndo para terminar a estrutura de uma casa em Schaumburg, e no último mês trabalhávamos quatorze horas por dia, seis dias por semana, até escurecer. Eu queria que todo mundo no apartamento desaparecesse.

Normani saiu do seu quarto, uma garota atrás dela.

— Ei, Lauren, tome um banho e volte para cá.

— Talvez. Estou cansada.

— Não seja besta. Estamos indo para o bar daqui a pouco. Você fica um tempinho com a gente e, se ainda estiver cansada, pode dormir quando dermos o fora.

— Tudo bem.

Tomei um banho, coloquei jeans e camiseta e fiquei descalça. Abri caminho por entre as pessoas que festejavam na minha cozinha, disse oi para quem eu conhecia e imaginei de onde diabo os outros teriam surgido. Peguei uma Coca e uma caixa de pizza da geladeira e me apoiei na bancada comendo as fatias frias.

— Oi, Lauren. — cumprimentou-me uma garota, aproximando-se e se debruçando na bancada do meu lado.

— Oi.

Ela parecia familiar, mas eu não conseguia lembrar seu nome.

— Alex — apresentou-se ela.

— Isso mesmo. Agora eu me lembrei.

Era a garota que tinha se sentado do meu lado na festa da Brooke. Aquela com o cabelo louro comprido e muita maquiagem. Continuei comendo minha pizza.

Ela se inclinou para alcançar a geladeira e a abriu. Quando se curvou para pegar uma cerveja, seus peitos quase escaparam da regata.

— Você quer uma? — perguntou ela, segurando uma lata.

Tomei o resto da Coca.

— Claro.

Ela pegou outra cerveja e me entregou. Quando acabei de comer, a abri, tomei um longo gole e coloquei a lata na bancada.

Normani entrou e me entregou um baseado aceso. Eu o peguei e dei uma tragada, segurando a fumaça no fundo dos pulmões. Depois perguntei a Alex:

— Você quer um trago?

Ela confirmou, deu uma longa tragada e me devolveu. Terminamos com ele, passando de uma para a outra. Se eu ficasse chapada o suficiente, talvez conseguisse dormir a noite inteira, em vez de acordar de hora em hora.

Alex me entregou outra cerveja. Quando entrei na sala de estar para me sentar no sofá, ela me seguiu. E não saiu mais do meu lado depois disso.

Bebemos cerveja e fumamos baseado até eu não conseguir enxergar mais nada direito. As pessoas saíram para ir ao bar com Normani.

Acordei na manhã seguinte com a cabeça latejando.

Afastei as cobertas e fui para a porta, pegando algumas roupas no caminho.

Entrei no banheiro. A água quente encheu o quarto com vapor e tomei um banho, lavando todos os vestígios de noite passada. Eu me vesti, escovei os dentes, depois fui até a cozinha e bebi três copos de água gelada.

Estava vendo TV quando Normani cambaleou para fora do seu quarto ao meio-dia.

— Puta merda, Jauregui. Estou com uma ressaca épica. — Ela se espreguiçou e caiu no sofá, do meu lado. — Tem uma garota na minha cama, mas não foi ela que eu trouxe para casa ontem à noite. A garota que eu trouxe era muito mais gata do que essa.

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