Capítulo 2

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Julho de 2013 - Acapulco, México. 

Aquelas tinham sido de longe as férias mais felizes da vida de Anahí. Ela estava absurdamente feliz por estar com ele. Os dois juntos, independente do que fosse. Ficariam juntos dessa vez. Ela estava tão feliz que não conseguia conter o sorriso ao olhar para ele. Os olhos azuis cintilando na luz do pôr do sol.

– O que foi? - Ele perguntou sorrindo de volta para ela.

Eles estavam na praia, sentados na areia. Ela entre as pernas dele.

– Eu te amo, sabia? – Anahí se esticou e selou os lábios dele, que acariciou o rosto dela devagar.

– Eu também te amo. – Ele sussurrou e passou o nariz pelo dela.

– Quem diria que nós dois terminaríamos juntos? Depois de tantas idas e vindas. – Anahí se acomodou melhor no abraço dele.

– Eu diria, eu sempre soube, desde que te conheci.

– Thanks, Mai - Os dois falaram juntos, dando risada em seguida.

Maite era amiga de infância de Alfonso, os dois tinham se conhecido na pré-escola e se mantiveram amigos desde então. Maite e Anahí se conheceram na faculdade e a amizade entre elas foi praticamente instantânea. Desde a primeira vez que conversaram nunca mais se separaram. Era a melhor amiga de Anahí, elas confiavam completamente uma na outra. E em algum momento Mai viu que poderia juntar o melhor dos dois mundos, seus dois amigos preferidos sendo amigos também. Ela só não esperava que Anahí e Alfonso fossem se apaixonar.

– O que você pensou quando me conheceu? – Ela perguntou, como se já não tivesse feito essa pergunta um milhão de vezes.

– Que você era uma mulher incrível, inteligente, linda e com uma risada contagiante e que eu queria ficar com você o resto da minha vida. – Enquanto ele falava distribuía beijos por todo o rosto dela que ria em resposta

– Eu pensei: Uau, ele é um gatinho!

Os dois deram risada e seguiram abraçados na areia, aproveitando o pôr-do-sol juntos. Os corações cheios de esperança e amor.

Outubro de 2021 - San Francisco, CA.

Era a terceira reunião do dia de Anahí, estava exausta. Ser mulher no mercado financeiro seria para sempre um desafio. A única coisa que a impedia de quebrar era sua experiência, conhecimento e expertise no que fazia. Tinha estudado muito, trabalhado muito e apostado alto para estar sentada naquela posição hoje.

Alguns anos atrás não teria a coragem que tinha hoje de se impor, de fazer valer sua palavra. Hoje era uma mulher respeitada, às vezes até temida. Sua fama tinha se espalhado pela cidade e todos que chegavam para trabalhar com ela tinham aprendido a ter cautela quando se tratava da maneira de falar. Ela não deixava barato e também não aceitava falhas. Comandava seu departamento com mão de ferro, mas trazia resultados e no fim, era só isso que importava.

A reunião acabou e Christopher se aproximou enquanto ela arrumava seus papéis. O olhou e sorriu pra ele, não sorria para todo mundo, mas gostava de Christopher, ele tinha sido um bom amigo nos últimos tempos.

– Falei com a Dul, vamos fazer um happy Hour? Afinal é sexta-feira.

Anahí mordeu o canto dos lábios, estava muito cansada, não tinha dormido direito a semana toda. Não queria ir. Queria ir para casa, tomar um banho demorado, tomar um calmante e acordar no dia seguinte. Ela evitava o quanto podia tomar remédios, tinha uma péssima experiência passada com eles, mas de vez em quando se dava por vencida.

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