Capítulo 18

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Novembro de 2021, San Francisco, CA.

Anahí e Poncho acordaram por volta das nove da manhã no dia seguinte. Ele precisava ir até o apartamento ajeitar algumas coisas e eles combinaram de se encontrar para o almoço.  Anahí convidou Maite para ir até a academia com ela e as duas foram malhar.

– Amiga, quais os planos para sua última noite aqui? – O voo de Maite estava agendado para quinta-feira de manhã.

– Christopher me chamou para jantar, mas eu não confirmei, queria ficar com você e Poncho! Faz tanto tempo que nós três não fazemos nada juntos. – Maite estava caminhando na esteira.

– Você deveria ir, não faltarão oportunidades para estar com a gente, agora que nos acertamos. – Ao falar isso o sorriso de Anahí se abriu. – Você não sabe quando terá a chance de estar com Christopher de novo.

– Eu sei, mas sinto que ele está investido nisso tudo, muito mais do que eu. Ele até me falou sobre ir para o México me visitar.

– Eu te falei que ele era emocionado. – Anahí começou sua rotina de pesos.

– Ele não é emocionado, ele só é intenso.

– Outra palavra para emocionado.

Maite não respondeu.

– Ok, porque não juntamos todo mundo. Nós duas, Poncho, Dulce, Christian e Uckermann, assim não tem clima estranho.

– Dulce? Você acha que ela vai ficar de boa?

– Porque ela não ficaria? Ela saiu com Ucker algumas vezes, mas eles não tem nada. Dulce é de boa. – Anahí terminou sua série e chamou os amigos no grupo, convidando para a despedida de Maite aquela noite.

Maite estava com um péssimo pressentimento sobre aquela reunião, mas não falou nada, não queria responder nenhuma pergunta de Anahí. As duas terminaram os exercícios e voltaram para tomar banho no apartamento. Depois disso tinham que planejar o almoço, foi então que Anahí teve uma ideia.

– Vamos fazer uma surpresa para Poncho, chegamos com a comida e temos a primeira refeição na casa nova! – Ela pegou o celular e encomendou um almoço italiano completo.

– Ele não deve ter nada, nem prato, nem copo... – Maite estava finalizando de arrumar sua mala.

– Não tem erro, eu tenho alguns descartáveis aqui, eu levo. Vai dar certo.

Uma hora depois, as duas estavam no carro de Anahí e foram até o apartamento de Poncho, que ficava a vinte minutos de distância. Tiveram dificuldade de encontrar uma vaga, como sempre em San Francisco. Maite a ajudou com as sacolas e as duas subiram dois lances de escada até o apartamento 214, bateram na porta.

Levou algum tempo, mas uma mulher abriu a porta. Era Diana, ela estava vestida com uma camiseta bem comprida. Os pés descalços, os cabelos presos em um rabo de cavalo despojado e a cara limpa, sem maquiagem. Anahí sentiu o mundo se fechando a sua volta. Ela conhecia Diana de fotos, as duas nunca tinham se visto antes, mas ela sabia quem era. E sabia que Diana a reconheceu pelo olhar de desprezo que recebeu.

– Anahí, acredito, eu. – Ela falou com um sorriso forçado. – Maite! Quanto tempo?!

Maite ficou completamente constrangida, sem saber o que fazer não respondeu. Anahí parecia vibrar ao lado dela. Ela sabia que aquilo se tornaria um problema logo, então tomou uma atitude.

– Diana, trouxemos a comida do Poncho, se você puder entregar para ele. Nós estamos com pressa! – Ela puxou a sacola das mãos de Anahí e entregou para Diana que parecia confusa. – Até mais, bom te ver!

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