Capitulo 14

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Novembro de 2021, San Francisco, CA.

Anahí teve que sair para o trabalho, era seu último dia antes de suas mini férias. Ela queria ter certeza de que a reunião da Mirage não aconteceria em sua ausência. Maite ficou em casa, as duas tinham marcado de sair com Dulce, Christopher e Christian naquele mesmo dia. O dia de Anahí passou mais rápido do que ela se deu conta, afinal tinha que deixar todos seus projetos prontos em sua ausência. Na hora do almoço, foi até a sala de Dulce.

– Então, quais os planos de hoje? – As duas pegaram o elevador para irem comer no restaurante de frente ao prédio onde trabalhavam.

– Estava pensando em um jantar lá em casa. – Anahí olhou para Dulce com cara de assustada.

– Me parece ser uma boa ideia.

– Todas as minhas ideias são boas. – Dulce piscou para ela.

– Eu convidei o Christopher e o Christian. – Anahí anunciou quando as duas saíram do prédio.

- Christopher e eu não estamos em um bom momento.

– O que você fez, Maria?

– O que te faz pensar que fui EU que fiz alguma coisa? – Ela olhou para a amiga, uma expressão de ofendida no rosto.

– Porque te conheço bem demais. – Anahí a puxou pelo braço para atravessarem a rua

– Ele quer namorar, eu não nasci para isso.

– Vamos, quanto tempo faz desde o seu último namoro sério? – Dulce começou a contar números intermináveis nos dedos, Anahí deu risada. – Então, tempo demais. Você não vai achar outro cara bacana como o Ucker, se bobear ainda vai perdê-lo.

– Não entendo essa necessidade de namorar, podemos seguir assim. Ficando quando dá vontade. – As duas entraram no restaurante e pegaram a fila até o caixa.

O assunto morreu, foram sentar em um canto, cada uma com uma tigela de sopa fumegante. Fazia muito frio nos últimos dias. A cidade, sempre coberta de neblina. Comeram e voltaram para o prédio. Antes de descer em seu andar, Dulce avisou.

– Lá em casa, às sete.

As duas se despediram e Anahí voltou ao trabalho. Chegou em casa por volta das cinco e meia, o trânsito na cidade estava impossível. Ao chegar, escutou música vindo de seu apartamento, provavelmente era Maite. Ao entrar, encontrou a amiga dançando na sala, ela vestia um short de moletom, uma blusa de alcinhas e os cabelos estavam presos em um coque alto, bagunçado.

– Cheguei tarde para a festa? – Anahí anunciou sua presença e Maite sorriu para ela.

As duas começaram a dançar juntas. Como costumavam fazer na época de faculdade. Dançaram até Anahí está suada. Deram risadas das músicas velhas na Playlist de Maite, mas resolveram ir se arrumar para não se atrasarem.

Como iam apenas na casa de Dulce, não se produziram muito. Fazia muito frio em San Francisco. Anahí vestiu uma calça preta e uma bota de cano alto, uma blusa de tricot bege e um sobretudo também preto. Maite escolheu um vestido azul marinho de lã, meias calças e uma bota, completou com um casaco pesado. Decidiram ir de Uber para poderem beber, Dulce tinha prometido uma noite mexicana, ou seja: teriam tequila.

Chegaram no horário e Dulce estava sozinha ainda, ela tinha realmente preparado uma noite mexicana. Tinham comidas típicas, tinham bebidas típicas e uma decoração verde, vermelha e branca. Ela estava vestindo uma saia rodada, grafite, uma camisa vermelha e os cabelos estavam soltos, caindo pelas costas.

– Ok, deixa eu apresentar vocês: Maite, Dulce. Dulce, Maite.

Maite se antecipou e deu um abraço apertado em Dulce, que hesitou um segundo, mas retribuiu sorrindo.

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