The Little One with Green Eyes - Tradução

Capítulo 32 -Interlude-

-3000 aC-
O vazio em branco se estende até o infinito. A sala se estende de uma maneira que nenhum mortal poderia entender, alguém poderia caminhar por toda a eternidade em uma direção e nunca chegar ao fim, da mesma forma, alguém poderia caminhar nessa direção por cinco minutos e de alguma forma se encontrar do outro lado de onde começou . O lugar poderia confundir a mente de alguém até que eles não passassem de crianças balbuciantes, lutando para compreender sua profundidade. Não havia cores neste lugar, assim como não havia formas e nenhuma maneira de dizer se o nada preto era uma sala, um castelo, uma mansão ou uma pequena caixa. Era uma extensão infinita de branco, e tudo se misturava tanto que o chão parecia com o teto, e ninguém seria capaz de dizer de cima para baixo a menos que estivessem de pé no chão.

Isso era o que se chamava de 'Purgatório'.

Este era o lugar onde os seres residiam.

Milhares de milhas no vazio - ou talvez eles estivessem a apenas alguns metros de você - os seres se sentaram juntos. Aqui, onde os seres descansavam, o vazio do nada deformado em uma sala exuberante. A mobília era escassa, mas o que eles tinham era lindo e extravagante. Pilares de branco, marmorizados com os mais ínfimos pontos de cinza e preto (a única cor em todo o reino) alinhavam a sala. No centro desta 'sala', estavam duas cadeiras exuberantes, completamente opostas uma à outra, tanto em design quanto em posição, centralizadas em torno de uma pequena mesa e um elegante tabuleiro de xadrez.

A cadeira à direita era tão branca quanto o resto do vazio, e teria se mesclado com o nada vazio se não fosse pela textura definidora que a forçou a se destacar contra a tela em branco. Era lindo, esculpido no que se consideraria mármore, e as pernas da cadeira, apoios de braço e encosto da cadeira foram esculpidos no que pareciam ser padrões de raízes. Se alguém olhasse mais de perto, eles veriam minúsculas folhagens esculpidas no topo das costas da cadeira, fazendo com que a cadeira parecesse uma árvore esculpida.

A cadeira à esquerda, entretanto, parecia tão diferente que era quase cômica. Estava assustadoramente escuro - um vazio oposto de nada preto que se destacava contra o branco. A cadeira parecia ser feita de sombras vivas que se retorciam e se contorciam, como se lutasse contra sua forma. A cadeira exalava uma presença sinistra que parecia pesar na atmosfera ao seu redor, espelhando o dono que estava sentado nela.

O referido dono estava fazendo beicinho, a forma do Ser estava meio coberta pelas sombras da cadeira em que Ele se sentou, Sua cabeça apoiada em Sua mão enquanto Ele olhava para o tabuleiro de xadrez à Sua frente com desespero.

Uma risada aguda ecoou pelo nada vazio e o Ser apenas fez beicinho ainda mais.

" Pare de fazer beicinho ," o outro Ser disse, uma expressão confusa repousando em Suas feições etéreas. " É impróprio de sua parte. "

" Todo mundo tem medo de mim ", lamentou o Ser, suas feições se transformando em uma carranca fechada. " Não é justo. Estou ficando entediado! "

" Então jogue comigo ," o segundo Ser sugeriu, gentilmente levantando o peão preto e estendendo-o para Sua contraparte. " Eu vou te fornecer entretenimento. "

O primeiro Ser a nivelou com um olhar impassível. " Por que você sempre consegue se divertir? "Perguntou o Ser, resignando-se a outro jogo enquanto, relutantemente, pegava a peça de xadrez. " Os mortais amam você. Eles constroem santuários para você! Nunca eu, e isso não é justo! "

" Eles construíram santuários para você, querido irmão. - disse ela, movendo Seu peão branco para atacar o dele.

" Por medo. - disse o Ser com amargura, observando com desinteresse enquanto Ela pegava Sua torre.