Millie Point Of View
Já sentiu como se todo o seu mundo ia desabar, e a grande vontade de voltar no tempo para esquecer a ideia maluca que você teve? Não? Bom, eu já, e nesse exato momento meu sangue ferve, a minha testa escorre e a cada minuto que se passa parece que eu vou cair durinha no chão, mesmo sendo um pouco impossível. Ok, tudo sobre o controle Brown, bata na porta normalmente, normalmente...
Levo a minha mão até a madeira na minha frente, fechando os olhos para conseguir a coragem que foi embora. E antes de eu bater, a porta é abrida drasticamente por um garoto com a pela clara e cabelos cacheados. A cara dele estava fechada, parecia que ele dormia por horas, e o seu corpo todo tinha cheiro de sangue.
- O que você quer? - pergunta me secando com os seus olhos vermelhos.
- Eu preciso que você me ajude - respondo esfregando as minhas mãos úmidas devido ao suor.
Não o conheço muito bem, porém sempre ouvi coisas muito ruins do Wolfhard, mas é claro que não existe um homem bom e ao mesmo tempo suga o sangue dos humanos para se alimentar. Então para mim tanto faz, só preciso que ele faça um favor para mim. Reparo que o garoto a minha frente pensa um pouco, e olha no fundo da minha alma.
Confesso que aquilo me faz sentir um grande arrepio. Ele é bem bonito, confesso, porém não passa de um homem chato, rabugento e grosso.
- Entra - faz passagem para eu passar - mas se você tiver tramando algo eu te mato. Vocês bruxam são traiçoeiras.
O garoto anda até onde eu julgo ser a sala de estar e eu o sigo, um pouco insegura por estar na casa de um vampiro. Ele tinha um péssimo gosto, começando pelos móveis da grande casa que era preto, vermelho e marrom, apenas.
Wolfhard senta na poltrona de couro, e faz um sinal com a cabeça para eu sentar no sofá. E eu vou como pedido, cruzando as pernas por educação.
- Ah claro - rio irônica - e vocês vampiros são muito verdadeiros.
- Bom, falsos nós não somos - retruca, me fazendo trincar os dentes.
- Isso faz muito tempo, não sabem esquecer?
- Não faz tanto tempo assim, e eu me lembro muito bem que foram vocês que mataram muito dos nossos! - responde e eu bufo - trairam a nossa aliança, e agora você quer a minha ajuda.
- Olha eu sei disso, foi errado que os meus antepassados fizeram, mas eu preciso que me ajude - peço com calma e o Wolfhard não me responde. Penso que ele quer ouvir - A minha família está correndo perigo, o senhor Jackson está descobrindo o que nós somos. E eu sei que apenas você pôde para-ló.
- Está pedindo para eu matar ele? - ajeita a coluna interessado.
- Talvez, se for possível - dou de ombros.
Eu disse isso por que matar um caçador de bruxas não é nem um pouco fácil. Porém, o Wolfhard tem uma ficha bem suja, então, porque não ser ele?
- Claro que é possível, pelo menos para mim sim. Mas oque eu ganho em troca?
Suspiro já sabendo que isso aconteceria uma hora ou outra. Levanto-me do sofá de couro e vou até a sua frente, me apoiado em suas coxas e tentando ser mais sensual o possível, vendo o sorrisinho sarcástico do Wolfhard.
- Qual foi a última vez que ficou com uma garota? - pergunto e puxo a cordinha do decote do meu vestido.
Algum tempo depois...
- Millie, está bem querida? Saio rapidamente das minhas lembranças e olho para a mulher à minha frente, que pegava as migalhas do pão.
- Sim, mamã, apenas estava pensando - digo e sorrio de leve.
- Tudo bem então - retribui o sorriso e cobre as migalhas em um pano branco, colocando na pequena cesta - aqui está. Fique com a Sink e as outras meninas.
- Sim senhora - pego a cesta e deixo um beijo na sua bochecha.
- Tome cuidado minha filha, e volte antes do escurecer - concordo sem importância, mas ela me puxa pelo braço antes de eu ir - não use magia perto deles, e por favor não fique perto de garotos, eles são violentos.
- Mãe, é apenas um piquenique, eu já estou de volta.
- Você sabe o tanto que eu tenho medo meu anjo, os humanos são cruéis - responde e eu tive uma vontade imensa de revirar os olhos - ainda tem os vampiros, são os piores, não chegue perto deles, pois...
- Mãe, tá tudo bem - a interrompo, e ela suspira.
- Fique bem - deixa um beijo na minha cabeça, cobrindo os meus cabelos com o capuz da capa vermelha.
Sorrio e abro a porta, sentido o ar fresco que vinha das árvores e os lagos que há perto da minha casa. Começo a andar em direção da cidade, onde eu me encontraria com os meus amigos.
Na verdade, a minha mãe pensava que eu ia fazer um piquenique no campo com a Sadie, porém eu menti para ir para a cidade com o Noah e Sink, já que ela nunca me deixaria ir para onde tem muitos humanos que podem me matar facilmente. Não gosto de mentir para ela, mas eu preciso me divertir!
Respiro fundo quando eu chego na frente do pequeno barzinho, mas antes não esqueço de tirar a capa que minha mãe colocou em mim. Se eu tenho um corpo maravilhoso, por que raios preciso enconder?
Reviro os olhos e taco no chão, abrindo a porta que fez um barulhinho devido ao sino. Entro no local, vendo os olhares dos velhos nojentos me fitar. Ignoro e passo reto, indo na direção da mesa onde o Noah e Sadie conversavam.
- Que isso Millie? Vai comprar os ingredientes da sua torta? - Sink brinca devido à cesta que eu carregava, e o Noah acompanha.
- Está parecendo uma velha - o loiro ri, e come os peticos de queijo.
- Quem precisa de inimigos quando têm vocês - reviro os olhos, me sentando na cadeira velha.
- Mas até que a sua roupa não está tão ruim assim. Quero que me empreste o vestido depois.
- Para depois você não me devolver? Nem pensar.
Ficamos conversando, e colocando as coisas em dia, até eu ver que começou a escurecer, então para a minha mãe não brigar comigo e me dizer um sermão daqueles, eu me levanto da mesa rapidamente.
- Foi mal gente, mas eu preciso ir - digo e o dois fazem uma careta triste.
- Tudo bem, então. Precisamos ir embora também - Sadie diz se levantando também, e vem me abraçar - você vai estar no ritual na lua cheia?
- Talvez. Tchau Noah - abraço o loira que retribui.
- Tchau Milena, nos veremos outro dia - saio do abraço e sorrio para os irmãos.
Viro-me e vou em direção a saída, onde a porta estava aberta. Arrepio-me pela briza gelada da pequena cidade de Áquila, e vou andando em direção para a minha casa em silêncio.
Enquanto andava pelas ruas silenciosas, com a cabeça baixa, senti uma presença de alguém, porém não tinha ninguém a minha volta. Mas sorrio da canto ao me lembrar de um certo ser.
Viro para um corredor bem menor e escuro, onde pouquíssimas pessoas passam por aqui, com medo, já que há muitos casos de encontrarem humanos sem uma gota de sangue por aqui. A maioria eram Homens bêbados que saíam do bar e voltava em casa, para bater na mulher.
Sentindo uma sombra atrás de mim, me viro de vagar, vendo o Wolfhard com uma pequena gota de sangue no canto da boca, ele limpa com a parte de trás da mão e sorri sarcástico para mim. Eu meio que sabia que o encontraria aqui, já que é muito raro o Finn sair de dia para se alimentar. Então se eu estou na sua frente, porque não aproveitar?
- Oi docinho, estava com saudades?
Notas Finais
Então, gostaram?
Eu queria deixar claro que eu não estou muito a fim de continuar, já que pôde ter uma grende chance de flopar. Mas se vcs tiverem gostando e comentando, isso me deixará emotiva. Então se querem que eu continue, peço que tenha mais de quinze comentários.
Votem!!
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𝐓𝐇𝐄 𝐆𝐈𝐑𝐋 𝐎𝐍 𝐅𝐈𝐑𝐄 | 𝐅𝐢𝐥𝐥𝐢𝐞
Vampire[CONCLUÍDA] Em 1604, Millie Bobby Brown era uma das bruxas mais poderosas da pequena vila de Aquila. A menina morava com os seus pais e o irmão, que também eram seres sobrenaturais. No entanto, a garota tinha um segredo que a fazia sair todas as no...