The taste of revenge

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Finn Point Of View

Completo a taça com o líquido escarlate e rapidamente levo a minha boca, fechando os olhos para apreciar o sangue fresco. Sorrio ao lembrar de quem teve que morrer para eu conseguir me alimentar. Termino de beber, sem deixar uma gota sequer, e olho para o Brown que me observava com os olhos cerrados. Esse cara está me olhando com ódio desde quando eu o trouxe para minha casa.

— O que foi? — dou uma risada sarcástica — Quer um pouco?

— Claro que não, isso é sangue de um humano.

— Que matou o seu povo — acrescento dando de ombros — Mas o melhor é saber sentir o gosto da vingança.

— Você é louco — Robert se levanta do sofá — Eu vou levar a minha filha para bem longe de você, e vou cuidar dela, sozinho!

— Igual você cuidou do Charlie?

Pergunto interessado em prova-ló, e funcionou, já que o mesmo veio para cima de mim, porém, eu corri até o outro lado da sala de estar, para que o mesmo não me tocasse. Estava ficando bem interessante esse jogo, mas antes uma bruxa curandeira sai do meu quarto, chamando a nossa atenção.

— A Brown acordou, só está tossindo pela fumaça consumida. Qualquer coisa me chamem, mas eu não entro mais nessa casa — reviro os olhos pela última frase da mulher, que saí pela porta.

— eu vou — digo andando até o quarto, porém o homem grisalho me para.

— não, você apenas a salvou. Não é nada dela — diz me fazendo trincar os dentes. Babaca.


Millie Point Of View

Abro os olhos lentamente, vendo que eu estava em um lugar totalmente escuro e gelado. Olho para a bruxa em minha frente, que fechava os olhos e dizia algumas palavras com a mão em meu coração. Ela estava me curando, dava para sentir as dores do meu corpo sumindo, mas eu não me lembrava de muita coisa do ocorrido em minha casa.

Sinto uma dor na garganta e tuso colocando a mão na boca. A mulher abre os olhos e dá um sorriso fechado para mim. Se levanta da cama, pega os seus livros de mágia e coloca em uma bolsa.

— onde estão a minha... — tusso novamente e pecebo que a minha voz estava falha.

— não fale muito, você está se recuperando — diz e saí do quarto.

Agora eu já sabia que eu estava no quarto do Finn, pois eu sempre estive aqui e só não me recordei por que eu tinha acabado de acordar. Espero que ele esteja vivo, mas quem eu estou falando né? É o Finn Wolfhard. Óbvio que ele está bem.

— filha, você acordou — olho para cima vendo o Robert vir até mim — eu fiquei preocupado.

— Oi pai — falo com dificuldade, portanto sorrio de leve — quem me tirou de lá?

— não importa — fala se levantando, e me puxando com pressa — consegue se levantar?

— não, eu ainda estou com dor — minto, voltando novamente para a cama.

— como é possível? Anna não te curou completamente?

— há dor nas minhas pernas — aponto para as mesma que estavam em ótimo estado.

— não podemos ficar aqui Millie. Vem, eu te carrego — me puxa, mas antes do mesmo me pagar no colo a força, o Wolfhard entra no quarto com uma bandeja.

— olha quem acordou — sorrio ao ver o Finn piscar para mim — está com fome mademoiselle?

— sim monsieur, obrigada — sorrio pegando os pães com um copo de vinho ao lado.

Percebo que o meu pai não estava muito feliz com isso, já que o mesmo respirou fundo ao ver o Wolfhard entrando no quarto. Devagar as lembranças do ocorrido na minha casa começava a clarear em minha mente, me dando um semblante de tristeza.

— o que aconteceu? — pergunto aos dois que suspiram profundamente.

— quando você saiu de perto de mim e da Karen, ouvimos os gritos do Louis sobre um vampiro ter matado o seu pai — diz Robert olhando para o Wolfhard, que ergue as sobrancelhas fingindo uma falsa surpresa — Tentamos procurar o que aconteceu, e eu vi os causadores chegando com as tochas. Sem pensar duas vezes pedi a Karen ir para casa, porque tentaria procurar vocês. Mas aí eu vi o Charlie sendo pego por um dos Homens, tentei inpedi-los, porém, era tarde de mais. — sinto um aperto em meu coração ao lembrar da sena — Foi a hora que percebi que a nossa casa estava em chamas, e tinha um grupo de vampiro matando os caçadores. Vi você no colo do Wolfhard, e ele decidiu te trazer para essa casa.

— e a... — me recuso a chama-la de mãe, então o Finn percebe.

— ela fugiu, não cosegui pega-lá — diz e eu assento não acreditando em tudo isso — acho melhor você descansar.

— não precisa, você nos ajudou muito, e eu continuo sendo o pai dela
— meu pai diz para o Finn.

— você está sendo egoísta, Millie está cansada, deixa ela ficar.

— eu não vou deixar a minha filha ficar na casa de um vampiro — responde se alterando.

— pai...

— cala a boca Brown!

— não fale assim com ela... — vejo o Wolfhard apertar os pulsose trincar os dentes, que me fez pular na frente dos dois.

— olha, me deixe ficar aqui até me recuperar — falo ao mais velho — aqui é seguro, e bem longe da cidade. Ficarei até pelo menos você saber onde vamos nos abrigar.

Reparo que o mesmo pensava na proposta serenamente, mas quando vejo ele coçar a barba e molhar os lábios, tive um grande alívio com o ato. Isso certamente é um bom sinal.

— tá — se convence — mas eu quero que durma em um quarto de hóspedes.

— sim, senhor — respondo com formalidades.

O meu pai disse que iria à casa da Karen para ver se nós podemos nos hospedar lá. Eu é claro, apenas concordei, portanto, não estava nem um pouco a fim de ficar no mesmo ambiente com a Lilia. Ela era uma garota que falava mal de uma menina para as outras pessoas, eu mesma já fui essa menina, e sempre fui motivo de risadas por causa dela.

— você vai se sentir bem na casa dessa Karen? — o Wolfhard pergunta dando leves beijos pelo meu pescoço.

— acredito que sim, quando eu a conheci, ela parecia legal — sorrio ao sentir um arrepio quando ele começou a passar suas prezas em minha pele.

Depois que o meu pai foi embora, nós dois deitamos na cama e ficamos conversando para eu esquecer um pouco do acidente. Porém, eu suponho que o Wolfhard estava controlando os meus sentimentos, já que eu não consigo chorar ou ficar triste.

— eu soube que ela é uma feiticeira que ensina bruxos aprendizes — fala aleatório, e eu respiro fundo.

— Finn, eu não quero, eu te disse que aprender feitiços não é comigo — respondo olhando em suas olhos, que se encontravam escuros.

— eu sei disso, mas acredito que você seria uma bruxa muito forte se investisse nos seus poderes — fala fazendo um carinho em minha bochecha — no entanto se não quer, eu não vou insistir docinho.

Notas finais

O genro e o sogro não se deram muito bem kskskks

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Viram o que está acontecendo com Cylia e a Millie? Eu estou bem triste:(

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𝐓𝐇𝐄 𝐆𝐈𝐑𝐋 𝐎𝐍 𝐅𝐈𝐑𝐄 | 𝐅𝐢𝐥𝐥𝐢𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora