now it makes sense

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Millie Point Of View 

Sorrio ao ver a casa, na qual me deu muitos traumas em apenas uma semana. Eu não queria conversar com Karen, principalmente com Robert, porém, preciso ver Ava. Quero ter certeza que ela está bem, e mesmo que a Buckingham não seja minha irmã, eu ganhei um carinho imenso por ela. E agora aumentou, pois sei a família problemática que a garota está. 

Puxei o capuz e andei no meio do jardim de flores amarelas, que estavam úmidas indicando que alguém aguou. No meio das flores, vejo uma garotinha  girando e pulando no meio delas, fazendo os seus cabelos loiros erguerem em sincronia. Sorrio mais uma vez e me aproximo da criança, que ao me ver corre até mim, e pula em meus braços. 

— Mills! — abraço Ava, que apoia o seu pescoço em meu ombro — Eu pensei que você não ia voltar. 

— Como pode pensar nisso? — pergunto fingindo estar brava, e ela solta uma risadinha — Eu tinha que te ver, fofa. 

Sei que isso é extremamente errado, mas eu estou com uma imensa fome e ver a sua pele macia, me faz sentir até o gosto do sangue em minha boca. Porém, lembrei dos livros de anular sentimentos ou sensações, fazendo eu esquecer um pouco a vontade.  

— Me ver? Você não irá voltar? 

— Ava, eu não posso ficar em um lugar que ninguém gosta de mim — levo uma mecha que atrapalhava o seu olho, até a sua orelha. 

— Mas eu gosto de você — a loira diz querendo chorar, fazendo eu suspirar e tentar pensar em algo. 

— Olha, não posso te levar comigo. No entanto, eu prometo que voltarei algum dia — levo minha mão para a sua bochecha, quando vejo a Buckingham sorrir e mostrar as suas covinhas — Até lá, quero que se cuide e se proteja. E o mais importante, fuja quando se sentir ameaçada. 

— Tá bem — Ava pareceu pensar em algo — Mills, eu tenho que te contar algo. Promete não ficar brava comigo? 

— Não irei prometer, mas diga. 

— Quando você tinha me dito que era para voltar para cama naquele dia, eu não fui por que estava curiosa para saber onde você iria. Então te segui, mas quando olhei para trás, eu vi Lilia conversando com um homem loiro — começo prestar atenção melhor no que a garota dizia — Ele disseram alguma coisa de me levar em algum lugar. A minha irmã chegou até mim, e me levou para o homem que leva criancinhas. No outro dia um senhor alto e com cachinhos, me tirou de lá e sumiu. Eu vi o Sasa e segui ele. Quando eu cheguei em casa, Lilia balançou a cabeça indicando que não era para eu contar para mamãe. Não contei e depois descobri que o senhor Robert te bateu e a Lilia falou se eu contar o que ela fez, ela diria a você que foi a minha culpa por ter feito o seu pai te bater. 

— A-ava. Eu... 

Como eu não pude me sacar que foi tudo um plano de Lilia? Essa louca me odeia desde crianças. Era óbvio que seria ela, mas o Homem loiro... quem seria? Pôde ser qualquer um. E mesmo que isso saiu de uma boca de uma criança, então pode ter grandes oportunidades de não ser verdade. Acredito em Ava, e sei que ela não iria inventar uma coisas dessas. 

— Mills, eu não queria que você se machucasse por minha causa  — volto a minha atenção para garota, vendo ela começar a chorar — M-me desculpa. 

— Ei... — limpo as suas lágrimas com o meu polegar — Está tudo bem, ok? Eu não te culpo por nada. Só quero que você se cuide para não acontecer a mesma coisa com você. 

— Tá bom — a garota sorri aliviada, que me fez sorrir também. 

— Se você ver um homem chamado por Finn, saiba que ele só tem cara de mal — digo sorrindo e Ava assente me abraçando — Adeus, flor.

𝐓𝐇𝐄 𝐆𝐈𝐑𝐋 𝐎𝐍 𝐅𝐈𝐑𝐄 | 𝐅𝐢𝐥𝐥𝐢𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora