Capítulo 8

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Fui terminar de fazer as entregas já era tarde. Passei no bar, entreguei o dinheiro e as coisas dele. Hoje era o dia do meu pagamento, então ele já me deu.

Meu barraco era perto dali, então fui caminhando.

Duarte : Qual é? Aperta a braba mais não? - Vi ele encostado na esquina, com o fuzil apontando pra baixo.

Isaac : Tô cansadão, mané. Não fode! - Olhei pra ele, que ria.

Duarte : Amigo é pra isso, ta ligado não? - Puxou um verdinho do bolso, me dando o mesmo.

Peguei da mão dele, e puxei o isqueiro do meu bolso, acedendo ele.

Duarte : Qual foi? Tá com essa cara amarrada aí, porra. - Bateu no meu ombro, fazendo eu rir.

Isaac : Cuida da tua vida, Duarte. - Ele negou.

Duarte : Aí, independente do que ta tirando tua paz, ninguém vale ela não, demorou? Tua paz e liberdade em primeiro, neguin. - O radinho dele aciona, que sai de perto de mim aos poucos.

Aí, maluquice! Mais tarde eu tenho aula e eu to aqui, enriquecendo o Duarte. Fumando maconha essas horas, vai se foder.

Joguei o resto de maconha no chão, e fui indo pra casa.

***

Ouvi o alarme tocar, e acordo meio sonolenta tentando fazer o cérebro funcionar.

Mas porra, é difícil quando tu só tem 5h de sono, faz faculdade, trabalha de tarde e de noite.

As vezes tenho vontade de jogar isso tudo pra cima, e viver igual o Duarte. Mas eu olho pra minha mãe, e eu desisto.

Me levanto, sentando na cama, passando a mão pelos olhos.

Olho pra janela, que tava fechada. Respirei fundo e abri a mesma. Senti o frio da manhã e fui acordando mais.

Peguei minha toalha, e fui pro banheiro.

Tomei o mesmo, e sai do banheiro pegando minha roupa.

Me vesti e sai do quarto, vendo minha mãe na cozinha.

Pego o dinheiro que eu recebi, e entrego a maior parte pra ela. Ficando apenas com o dinheiro de comprar lanche na faculdade de passagem e mais um dinheiro extra.

Perdição. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora