Capítulo 47

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Eu saí da casa do Isaac, brava. Fui descendo o morro quando encontro o tal do Duarte na contenção.

Duarte : Princesinha do pó? - Riu.

Luíza : Falando nisso, não tem nada aí não? - Ele negou.

Duarte : Aqui não, mas na boca até que tem. - Arrumou a arma que ele tava na mão.

Prometi pro Isaac que eu não ia mais fazer isso, mas ele não é meu pai e não tem direito algum de dizer o que eu tenho ou não que fazer.

Duarte : Ei.. - Estalou os dedos na minha frente, fazendo eu me assustar. - Tô falando contigo, porra. - Falou firme. - Vai querer ou não?

Fiquei pensando por um tempo, até que eu assenti.

Eu fui com ele, até a boca. Ele me deixou esperando no beco, e eu vi um homem alto e negro, cheio de ouro. Ele ficou me olhando, e veio até mim.

Ele deu uma risadinha de canto, e encostou na parede.

Xxx : E quem é tu? - Cruzou os braços, franzindo a testa.

Vi o Duarte descer, com os saquinhos e o homem olhou pro Duarte.

Duarte : Noronha, meu chapa! Ess aqui é a Luíza. - Fez toque com o tal do Noronha.

Noronha : Luíza, Luíza e Luíza... - Suspirou, saindo de onde ele tava e vindo até mim, passando a mão no meu cabelo. - Não se perca igual seu irmão. - Olhou nos meus olhos.

Luíza : Não preciso de conselhos. - Ele riu.

Noronha : É um conselho sim, mané. Mas, tu não ta entendendo meu português. Teu irmão quase foi de ralo, e eu tô falando nesse sentido, procede? Deveu? Morreu! - Saiu de perto de mim. - E essa cocaína aí? Tu vai pagar agora? - Apontou pros saquinhos.

Luíza : Põe na conta do Isaac. - O Duarte assentiu.

Noronha : Aí, tu não vai foder com meu cria não, né? - Eu neguei. - Ele tá me devendo uma grana, e porra.. tu imagina que eu já to de saco cheio de esperar? - Saiu.

Duarte : O Isaac ta ciente disso mermo? - Eu neguei. - Porra, gatota! Tu vai foder com o moleque desse jeito. O Noronha não quer mais esperar, e ainda mais com o tanto de droga que tu ta pegando no nome dele.

Luíza : Conversa com ele, pra dar mais um tempo pro Isaac. Eu dou um jeito de dar uma parte do dinheiro pra ele. - Ele me olhou, não respondeu e eu respirei fundo.

Perdição. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora