Capítulo 25

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Isaac 🏴

Qual é? Parada maluca essa mermo. Ta achando o que? Trabalhando duro, pra vim neguin na moleza vim tirar de mim? Chupa meu pau, Noronha!

Luíza : Me ajuda a levantar. - Estudou a mão pra mim, que levantei e puxei a mão dela. - Obrigado! - Se limpou e virou, pegando as coisas dela. - Acha que eles viram a gente? - Neguei.

Isaac : Caô, neguinha. - Neguei e continuei andando.

Depois de andar mais alguns Km, a gente chega na contenção, subindo logo pra dentro da favela.

O Noronha já tinha legalizado tudo. Arrombado!

Duarte : Merma buceta? Caô! - Vi ele na esquina, com o fuzil na mão e dando risada pra mim.

Isaac : Vai tomar no cu, Duarte. - Mandei dedo e ele negou. - Liga não, ele é doente assim mermo.

Ela ficou me olhando, e logo depois tirou os olhos. Aí, acho que ela não curte não.

Mas falar pa tu, eu não ligo. Só quero concluir minhas paradas.

Sei que minhas falas, são fora do vocabulário de muita gente, pareço imaturo e que não sei as paradas que tô fazendo. Mas aí, bagulho mermo... ta na mente!

Os moleques da faculdade parecem que fazem o ensino médio, de tão infantis que são. Mas acontece, pô. Tem muito cabeça oca no mundo.

Luíza : Ei.. terra chamando. - Estalou os dedos na minha frente, e depois colocou as mãos na cintura. - Não ta me ouvindo? Eu disse que tão batendo na porta.

Escuto gritos do lado de fora, e deduzo ser o Noronha.

Fui até a porta, olhando no olho mágico, dando de cara com o Noronha e os arrombados dele.

Isaac : Fica aqui. Não sai! - Abri a porta devagar, saindo pra fora.

O Noronha ri pra mim, e segura pela gola da minha camisa, me levando pra trás de casa e me encostando na parede.

Noronha : Boatos que tu ta trazendo mané de fora pa cá. Espero que não seja x9. - Me soltou, puxando do bolso um cigarro de maconha.

Isaac : É bagulho meu, da faculdade. - Falei seco. - Vai ver, teus x9, são essas putas que tu come todo dia. - Virei de costas, saindo de perto deles.

Noronha : Tu tá esperto, Isaac. Te considero irmão, mas tu conhece Abel e Caim? - Escutei a risada dele, atirando pro alto.

Filha da puta!

Perdição. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora