motoboy - Renga[Reki x Langa]

14. Saídas de noite.

- Você é gay. - ela falou apontando a colher para o irmão mais velho.

- Não, eu não sou!

Koyomi riu sarcástica e balançou a cabeça.

- Fala isso para o menino que acabou de beijar!

- Não- Não fale alto...! - se aproximou se inclinando até ela e rodeando seu ombro com o braço - Eu ainda não contei para a mãe, então não conta para ela. - sussurrou.

- Então você é gay? - sussurrou de volta com uma sorriso divertido nos lábios.

Ele ficou em silêncio e virou o rosto no lado oposto. Sim, gostava de garotos, gostava de Langa, mas já tinha gostado de garotas anteriormente. Apenas não conseguia responder concretamente. Koyomi riu e afastou seu braço.

- Tudo bem. Sendo ou não, você gosta do Langa.

- É, pois é. Nós estamos namorando.

- Fofo. Eu apoio vocês dois. E de um jeito ou de outro, eu já sabia que isso ia acabar acontecendo. - andou para longe tomando seu iogurte.

- Co-Como? Eu deixava muito na cara?

- Você literalmente ficou encarando ele quando ele foi entregar pizza.

- Isso não foi nada! - correu atrás de si.
X
Reki lavava a louça conforme sua mãe cantarolava ao seu lado, secando e guardando os pratos.

— Então, filho... – ela começou depois de fechar o armário – Como tem ido na escola?

— Bem, bem. – balançou a cabeça e continuou o que fazia.

— Você não fala muito, mas eu realmente queria perguntar uma coisa.

— Hum, perguntar o que?

Mordeu os lábios em nervosismo. Tinha medo de que Koyomi tivesse a contado de alguma forma sobre o que viu.

— Você tem alguma namorada ou alguém de interesse na escola...?

Ele balançou a cabeça e riu nasal.

— Nã-não. Eu estou mais focado nos estudos e nos skates, não tenho tempo para namoradas, mãe. – mentiu rindo de nervoso.

— Hum... – balançou a cabeça e se apoiou na pia ao seu lado – E como vai o Langa? Vocês são tipo melhores amigos agora, não é?

— É, tipo isso...

Reki olhou para a água da torneira escorrer. Pensou seriamente em Koyomi e se perguntou se ela tinha contado a sua mãe.

— Ele está bem. Nós vamos nos ver daqui a pouco, na verdade.

— Ah... Bem, que bom. É bom ver você feliz assim, filho. – beijou sua bochecha e colocou o pano de pratos no ombro, dando as costas.

O ruivo sorriu e desligou a torneira, pensando mais um pouco. De certa forma parecia que sua mãe sabia de certas coisas e estava tentando tirar isso da boca de Reki. Ele rolou os olhos e secou as mãos na roupa. Se virou para a mais velha enquanto ela colocava o pano em um gancho na parede.

— Mãe.

— Sim?

— Posso te contar uma coisa?

— Hum, claro. – virou para ele sorrindo doce – O que é?

— Então... Como posso dizer... – juntou as mãos ainda úmidas a frente de seu corpo. Abaixou a cabeça e mordeu os lábios fortemente, suspirando fortemente também – Eu não tenho tempo para garotas e namoradas e tudo isso porque...