28. Rolê pós-formatura+beijando sob o luar.

1.8K 189 515
                                    

A cerimônia de formatura já estava quase acabando quando Langa chegou, atrasado. Ele se sentou meio sem jeito ao lado de Masae e as irmãs de Reki, vendo o menino parado com sua túnica na fila do palco da escola.

Reki, quando foi chamado no palco por ter chegado sua vez, subiu com as pernas tremendo e cabeça baixa, mas com um sorriso discreto. Ele só levantou a cabeça para se sentir orgulhoso de si mesmo, revelando as bochechas coradas, quando seus amigos começaram a gritar o incentivando. Pegou seu diploma, parou ao lado dos amigos, que o cutucaram e deram risada. O diretor os repreendeu e Reki ficou com o rosto vermelho de tanto segurar a risada. Quando a cerimônia acabou e Reki terminou de cumprimentar todos os professores e trabalhadores da escola, Langa, Masae e as irmãs foram de encontro ao ruivo. Nana foi a primeira a pular nele e agarrar suas pernas.

A família e Langa — que era quase família naquele ponto — saíram para tomar sorvete em comemoração a formatura. Reki e Langa não conversaram muito, pelo menos não muito próximos, mas sempre trocavam olhares quando conseguiam, apesar de Langa estar quase chorando para ganhar um abraço. Depois do sorvete, ficaram assistindo filme na casa de Reki até às 20:15, quando o casal resolveu sair com os amigos de Reki.

— Nós vamos de skate ou de moto? – perguntou Langa ao namorado.

— É longe para irmos de skate... Mas não sei se vamos estar sóbrios pra voltar de moto.

— Hum, Reki. – o chamou enquanto pegava o capacete para sair de casa – Eu não bebo. Nunca bebi.

— Ah, é. Desculpe. – Reki passou a mão no peito dele enquanto se encolhia rindo bobo.

Langa ficou nervoso com aquele toque, mas ignorou. Reki disse a mãe que dormiria na casa de Langa e então os dois saíram de moto. O ruivo agarrou a cintura de Langa por longos 25 minutos até chegarem num canto afastado do centro da cidade, onde havia uma casa aos pedaços. Não abandonada, mas mal acabada. As paredes começavam e não terminavam. O reboco começava e não terminava, assim como a pintura. Haviam buracos nas paredes, onde deveriam ter janelas no segundo andar.

— Tem certeza que é aqui, Reki?

— Pelo menos foi o que me passaram...

Quando Reki ia checar o celular para ver se estava no endereço certo, dois meninos saíram de uma moita gritando "peguei vocês". Langa tomou um susto leve, Reki pulou, tropeçou na calçada também inacabada e caiu no chão. Langa rapidamente saiu da moto e foi até ele perguntando se ele estava bem. Os meninos, agora expostos a luz que se acendeu na frente da casa, se revelaram como Kaworu e Hiroshi.

— Está devendo, cara?! – Hiroshi perguntou e entendeu a mão para o ajudar a levantar.

— Seus bestas. Assustaram o Langa.

— Ha! Com certeza foi o Langa que se assustou. – falou com ironia, puxou a mão de Reki e entregou a ele um pirulito, depois entregando outro para Langa – Ei, como vai?

— Estou bem.

— Eu sou o Hiroshi! – se apresentou com um aceno depois de Langa pegar o pirulito de sua mão – Você é o Langa, vulgo menino do qual Reki fala todos os dias.

— Não, eu não faço isso! – Reki se defendeu.

— Sim, você faz, e bastante! – Kaworu se meteu na conversa, colocando o braço em volta do ombro de Reki.

Langa segurou um sorriso, olhando direto nos olhos de Reki. Reki segurou o ombro do amigo também. Hiroshi acenou com a cabeça, os convidando para dentro daquela construção medonha. Passando pela porta antiga, tinha paredes baixas e pichadas. Um lampião no canto da parede iluminava um menino de franja descolorida, uma menina de cabelo cacheado e outro menino de cabelo partido ao meio, mas estiloso como um mullet. Os três estavam rindo.

motoboy - Renga[Reki x Langa]Onde histórias criam vida. Descubra agora