Capítulo 36 - Apreço ou amor?

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- Se me vais perguntar quem é não to vou dizer.
- Não o ia fazer. - Ele ficou em silêncio. - Gosto do teu silêncio. - Admiti sem pensar e coloquei a mão na boca arrependida mas ele riu e eu sorri com o som agradável do seu sorriso.
- E eu do teu. - Sorri e fiquei sem saber o que dizer mas senti o meu corpo se embalar com o som da respiração que ele emitia e depressa me transicionei para o sono mais profundo que pude ter.

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Senti o embalar de acordar da minha avó e abri, vagarosamente, os olhos.
- Que se passa? - Perguntei.
- Tens a tua consulta dentro de 30 minutos querida.
Aos poucos levantei o meu corpo e senti uma ligeira dor onde o corte tinha sido mais aprofundado e vi Liam entrar com um sorriso forçado nos lábios e eu sorri-lhe mais fracamente e ele ajudou-me a levantar para puder vestir algo decente para puder visitar o médico que me iria dizer se ia, finalmente desta espelunca ou não. Liam já tinha tido a sua.
- Como correu?
- A minha mãe está a arrumar as minhas coisas e eu apenas vim ver como estavas antes de ir e vim te dar um beijo. - Sorri novamente e ele beijou os meus lábios calmamente e eu pude sentir alguma tristeza na maneira como os seus lábios beijaram os meus e estranhei puder sentir essa diferença em alguém na qual sinto um enorme apreço. Apreço ou amor? Abanei ligueiramente a cabeça enquanto ele, de olhos fechados, se afastava de mim para me puder encarar.
- Veste-te para me puderes acompanhar nos corredores na escola. - Sorri e ele, minutos depois, saiu e eu vesti um vestido que me dava um pouco abaixo do joelho para ser mais fácil e não tão doloroso.
A enfermeira levou-me na minha cadeira de rodas, raios como odeio esta coisa, até ao consultório do médico onde o mesmo já me inspirava e ele levantou-se para me vir puder cumprimentar e sorriu-me.
- Como estás hoje?
- Pronta para outra. - Brinquei.
- Nem digas uma coisa dessas. - Reclamou a minha projenitora.
- Estou claramente a brincar, avó.
- Vou examinar rapidamente a tua perna e depois vejo o melho para ti, está bem?
- Claro.

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Liam esperava-me no meu quarto e levantou-se quando me viu entrar na porcaria da cadeira de rodas.
- Então?
- Tive alta mas não vou puder ir às aula durante, pelo menos, uma semana e depois dessa semana tenho que vir aqui e saber se já posso ir e quando posso tirar realmente o gesso se dentro de 6 ou 8 semanas. - Revirei os olhos e a minha avó tratou de me preparar as malas. - Finalmente vou sair desta habitação medonha. Ri e puxei a mim e à minha nova mobilidade, com grande dificuldade, até perto do cadeirão.
- Recebeste uma mensagem à pouca.
- De quem?
- Não vi, tens código. - Passou-me o telemóvel e Zayn marcava no ecrã.
- Quem é?
- O Harry.

"Já vens puder ouvir o meu silêncio ao vivo ou ainda não é desta?
- ZM"

- Que quer ele?
- Perguntar como estou. Vou só responder rápido e sair daqui. - Brinquei.

"Vou adorar ouvir o teu silêncio ao vivo..." - Apaguei tudo. "Sempre com muita graça, mas sim é desta. Não te livras de mim"

Mas rapidamente tive a resposta e de soslaio vi um Liam um pouco imapciente mas muito ciumento mas para ser sincera, não quis saber.

"Nem queria."

Olhei o telemóvel e inalei todo o ar que os meus pulmões conseguiam e susti durante longos segundos enquanto assimilava o que Zayn acabou de dizer.

"Mas se livrasse não perdia nada."

Disse logo depois.

"Bom saber."

Respondi e a conversa morreu por aí.
- Vamos? - Disse Liam assim que olhei para ele e eu sorri em sinal de aprovação, ele empurrou a minha cadeira até à entrada do hospital e aí as enfermeiras entregaram-me duas muletas para casa lado do braço, preferia a cadeira.
Com grande dificuldade entrei no carro e susti a respiração um pouco receosa daquela viagem.

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E senti o telemóvel vibrar o no meu bolso e revirei os olhos não tendo a minima vontade de ler mas com a curiosidade a foguear dentro de mim.

"Perdia sim."

A Deep Regret Z.M.Onde histórias criam vida. Descubra agora