Capítulo 5 - He is starting a war

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Joshua Kyle Beauchamp
5 de junho
Nova York

— Olá. — Josh sorriu cínico ao encarar seus novos hospedes que o fitaram com espanto. — Bem vindos a minha humilde residência — ele passou a língua pelos caninos como um predador faminto que encarava suas presas. — Em 10 minutos estejam lá em baixo, vamos dar uma voltinha. — Ele avisou, usando aquele tom de voz que não deixava espaço para questionamentos, e saiu andando, deixando-os para trás.

A última coisa que ele escuta antes de descer as escadas é a voz distante e sussurrada do garoto asiático. — Acho que fiz xixi nas calças. — Josh sorri, satisfeito consigo mesmo. Ele desce os últimos degraus da escadaria, dando de cara com Andrew esparramado no sofá com um tablet nas mãos e o cenho franzido com concentração.

— Algo mais sobre a garota?

— Invadi o software do FBI, — disse Andrew de forma distraída, balançando os ombros como se não fosse nada, porque, para ele, realmente não era —, a garota matou o governador do México. — ele levantou os olhos do tablet em suas mãos e se levantou do sofá, dando um sorriso divertido enquanto entregava o aparelho nas mãos do mais velho. — Cobrei um favor e um passarinho verde me contou que ela roubou da máfia mexicana, aparentemente o assassinato do governador foi a mando deles porque eles queriam algo da sala, mas ela pegou o dinheiro e o que quer que eles quisessem e sumiu. — Beauchamp encarou a tela onde um vídeo estava sendo reproduzido. A garota entrou no escritório, se pôs de frente para o velho governador e atirou. Sem rodeios. Sem hesitação. Ela apenas atirou. — Tinha outra pessoa com ela — ele disse, chamando a atenção do loiro. — Um homem, Marcus Santos, ainda não consegui uma imagem limpa dele.

— Continue procurando. Já sabe o que eles queriam?

— Não, meu passarinho verde não soube dizer. Devia ser algo importante demais para deixar na consciência de um soldado.

— Se era tão importante assim, nem ela deveria saber o que é.

— Talvez — deu de ombros. — Mas ainda está com ela, só me admira ela ainda estar viva. Ela é procurada no Brasil, no México, o FBI e a Interpol estão atrás dela por crimes federais e ainda tem a máfia mexicana.

— A nossa brasileira é feroz. — Josh sorriu com escárnio, recendo um revirar de olhos do amigo. — E o outro garoto?

— Bem...

— Nada, além de que ele é uma puta. — Resmungou Krystian com desgosto ao adentrar a sala juntamente com Lorenzo. — Ele está limpo. Sem histórico criminal, ele foi acusado de alguns crimes leves no Brasil mas nada foi provado, então... — deu de ombros com desdém.

— Ele fode com Mark Jansen — explicou Andrew para o Capo. — CEO de uma empresa de publicidade, também está limpo. Sujo, mas limpo. — Josh assentiu brevemente com a cabeça.

— Mattias ligou — disse Lorenzo, encolhendo os ombros, como quem não quer nada. — Ele quer que você vá a reunião.

— Não vou àquela reunião imbecil — disparou Josh. — Eles não me querem lá, e muito menos eu quero estar lá — ele fez um gesto com a mão, dispensando o assunto. Lorenzo não insistiu. —  As chaves? — Ele olhou para Krystian, que enfiou a mão em um dos milhares de bolsos da calça preta e jogou as chaves dos veículos.

— Josh... — chamou Andrew apontando com a cabeça para a escada. Beauchamp se virou, vendo Noah descendo as escadas enquanto os encarava com desconfiança.

— Ei, garoto, pensa rápido! — Disse o loiro chamando a atenção do americano. Noah franziu o cenho, piscando atordoado ao vê-lo jogar uma chave para ele que prontamente a pegou no ar. — Eu dei uma olhada na sua ficha, piantagrane. Já participou de rachas antes.

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