For You (Malec)

Capítulo 35

Havia se passado um mês desde.. Daqueles acontecimentos macabros.

Alexander ainda teve mais alguns pesadelos nas noites seguintes, mas agora esses não mais existiam. Eu ainda estava hospedado na casa de Alec, era simplesmente perfeito, uma sensação maravilhosa, dormir e acordar com o meu  homem todos os dias.

E nesse exato momento, eu estou vestindo a camisa do pijama de Alexander, que fica enorme em mim e estou me esforçando para fazer uma omelete mais incrementada. Eu havia picado um tomate, como ele me ensinou e cebolas,  milho e  queijo já estavam na panela.

Agora, eu ensaiava como virar tudo aquilo da forma que o chefe fazia no vídeo da internet. Depois de tomar algumas respirações, segurei o cabo da panela, ensaiei por três vezes, fiz o movimento como o ensinado no vídeo e eu não acreditei, quando a omelete girou no ar e pousou inteira de volta na panela.

Não contive um grito de euforia e foi nesse instante que notei Alexander parado no batente da porta, observando-me com ar confuso:

— Posso saber por que tanta felicidade, gatinho?

Ainda eufórico, fui buscá-lo pela mão:

— Venha ver isso! — Então, parei diante do fogão e mostrei a panela com as duas mãos de forma teatral.

Ele franziu o cenho e meneou a cabeça, num gesto de quem não entendia o que eu estava lhe mostrando:

— É.. Uma omelete? — Ele erguia os ombros, ainda confuso.

Revirei os olhos e o empurrei para os banquinhos do balcão da cozinha:

— Grandão, vá se sentar que eu vou lhe servir, ok?

— Tem certeza de que vai me deixar comer dessa vez? — Ele zombava.

— Eu fiz o suficiente para nós dois. — Estreitei os olhos em sua direção.

Enquanto eu pegava um prato e uma espátula, olhei para ele. Como podia ser assim tão sexy, coçando a barba rala, bocejando e com olhos azuis estreitos de sono?

A calça do pijama pendia em seu quadril, deixando o seu abdômen trincado deliciosamente exposto. Como eu amava aquilo tudo! Ele já havia tirado o gesso e começado as sessões de fisioterapia e graças ao anjo, não sentia mais dores.

Tudo estava voltando ao seu curso normal!

Enchi dois pratos, os coloquei sobre o balcão e fui sentar-me ao lado dele, que bebericava um café, esse feito pela cafeteira, pois eu ainda não confiava tanto assim em meus dotes culinários:

— Sabe, eu estive pensando.. Acho que eu vou me inscrever num curso de culinária. O que acha?

— Hum, é uma ideia interessante.  —  Alec dizia, retirando um pedacinho de casca de ovo da boca, mal escondendo o riso. — Você tem futuro!

— Ok, você está zombando de mim, — Apontei o garfo para ele, de forma ameaçadora.  —  Mas, eu vou te provar que eu posso ser muito bom na cozinha! Assim..  Você não terá motivos para me expulsar da sua casa. — Digo baixinho, evitando encará-lo.

Alexander abandonou o garfo sobre o prato de forma barulhenta, virou-se no assento e girou o meu também, de forma que ficássemos frente a frente, comigo entre as suas pernas:

— Sabe que não precisa saber cozinhar para que eu te queira na minha casa, não é? Você é perfeito como é, Magnus! — Dizia com a voz grave e a expressão séria. — Eu te amo desse jeito! E eu passaria o resto da vida feliz, comendo a sua omelete.. Com recheio de casca de ovos, só para ter você do meu lado!