22- Despedida de Solteiro

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HOPE Point of View

(Atualmente, um mês depois)

- Comida? Ok. Bebidas? Ok.- comecei a checar a lista.- DJ? Ok. Caixas de som? Ok. Reserva da pub? Ok. Stripers? Ok.

- STRIPPERS?!- gritou Diana.- Não! Sem strippers na despedida de solteiro da Cass!- ala a sapatão ciumenta.

- Oxi. Na sua teve, porque na da Cass não pode? Enfim, a hipocrisia.- me apoiou Mel.- Eu sei que tenho namorada agora, mas arruma uma stripper ruiva ou um ruivo. Serve de qualquer sexo.

- Teve strippers na minha festa porque vocês não me ouviram!- vou só ignorar a Diana mesmo.- Helen, me ajuda! Como você se sentiria se tivesse um bando de strippers gostosos se esfregando na sua noiva?- eu mal acreditei que quando Helen ouviu isso, ela acabou quebrando um copo de vidro com apenas um aperto como se não fosse nada. Acho que isso é um "nem vai ter despedida de solteiro".

- Vamos logo terminar de conferir as coisas, temos muito o que fazer!

(10 anos atrás, um mês depois)

Não acredito que Helen passou o dia com raiva de mim... ela tem que aprender a controlar o ciúme dela. Bem, eu também não deveria ter invadido, junto com a Mel e o Gale, uma boate stripper. Tenho que arrumar alguma coisa que a deixe feliz novamente. Penso por alguns minutos enquanto encaro a TV. Já sei o que fazer!

Pego meu celular e mando uma mensagem para a Cass: "sequestra a Helen para mim e leva para o estúdio da mãe da Diana". Tia Mei tem um estúdio de pintura, ela sempre me deixa usar quando estou a fim de pintar. Vou de moto até o estúdio, pego uma sala emprestada para mim. Pego várias tintas e tiro do armário, colocando vários potes de todas as cores que se pode imaginar. Também coloquei alguns pincéis e rolinhos espalhados ali.

Alguns minutos depois, Helen entra na sala. Quer dizer, Cass a empurrou aqui dentro e trancou a porta. Estou devendo uma para a loira oxigenada agora.

- Me desculpa? Por favor? Mesmo que eu não tenha feito nada demais lá dentro.

- Você ficou olhando as strippers?

- Sim. Essa é o ponto do clube de strip. Mas não foi por isso que fomos lá. Foi só pela adrenalina de quebrar as regras. Entramos e saímos em 15 minutos.- Helen não me responde.- Ok. Se você não me perdoa por bem, vai ser por mal. Pego um pincel grande e molho na tinta azul.

- Hope, o que pense que- Hope, não!- ela tenta correr, mas facilmente a alcanço e passo o pincel da sua bochecha até a camisa.- Agora você vai ver!- ela pega um pote inteiro de tinta verde e joga em mim, me sujando dos pés a cabeça. Depois ainda pega um pouco de tinta vermelha e joga em mim, marcando parte do meu rosto e blusa.

- É guerraaaaa!- pego o pote de tinta verde, coloco na mão na mão e jogo nela, enquanto que ela pega o vermelho e taca mais em mim.

Abrimos quase todos os potes de tinta que tinha por ali e íamos tacando pequenas quantidades uma na outra, enquanto corríamos de um lado para o outro. Ficamos quase uma hora nisso, até que cada pedacinho de nós duas estava com alguma tinta. Helen já não estava mais com raiva, pois ria a toa, me mostrando seu lindo sorriso que tanto adoro.

Depois que tivemos que limpar o estúdio, fomos para minha casa. Assim que passei pela porta, chamei meu irmão e minha mãe, porque precisava de um sapato limpo. Meu irmão apareceu, me deu um chinelo para cada uma de nós e saiu correndo pela porta, única coisa que disse foi que nossa mãe chegaria tarde e que ele só voltaria amanhã. Senti cheiro de couro, mas não disse nada. Trocamos o sapato e fomos até meu quarto.

- Podemos tomar banho junta?- falei.

- P-Pra que?- eu provavelmente veria seu rosto corado, se a tinta amarela e azul não cobrisse quase tudo.

Acabando com a Inocência Onde histórias criam vida. Descubra agora