☆dobrando de turno☆ /obx

seja profissional

já tinha se passado alguns dias desde a casa do Jhon B, ou seja, minha rotina continuava a mesma.

como de costume deixei Laila na creche e fui em direção a casa dos Camerons.

chamei por todos e parecia que não tinha ninguém em casa, então eu fui limpar o bar da piscina na área externa.

Quando cheguei na balcão do bar tomei o maior susto da minha vida, era Rafe coberto de sangue em seu rosto e blusa, apoiado no balcão do bar meio inconveniente.

- puta que pariu

disse indo rapidamente em direção a Rafe sentando no chão e falando com ele na esperança de que ele ainda estivesse vivo.

vendo um sinal de vida, dei uns tapinhas leves em seu rosto tentando faze-lo acordar, não sabia se estava fazendo da maneira correta. Percebi que ele estava ruim mesmo quando ele me viu e não fez nenhuma piada. Coloquei seu braço em meu ombro e fui levando ele até o seu quarto, colocando ele em sua cama.

- que porra aconteceu aqui?

- Barry... - ele disse com uma voz falha.

Corri até banheiro geral da casa pegando o kit de primeiros socorros, a unica vez que eu fiz isso foi quando Laila se feriu no parquino, sem dinheiro para o médico acabei fazendo o curativo em casa mesmo.

Voltei para o quarto e Rafe estava mais estável e dai em diante começei a fazer os curativos em seu rosto.

- ele nunca te deu uma surra, o que aconteceu?

- dividas Sofia.

Rafe tinha tudo na vida, nascido em berço de ouro, mas o que ele mais queria era um pouco da atenção que o pai dele dava para Sara. Não sei ao certo mas ele achou uma falsa saida nas drogas, mesmo tendo tudo ele não tinha uma vida perfeita aos seus próprios olhos. Eu sentia pena dele no fundo.

fui limpando o seu rosto e via que ele não conseguia manter contato visual comigo.

- caralho, da para você parar?

- cala a boca. -disse limpando sua ferida- vai tomar um banho e tira essa roupa suja de sangue, preciso passar uma pomada no roxo da sua costela.

Rafe foi para o banho e enquanto isso eu limpava o sangue no chão do bar. Terminei de limpar e fui para o quarto de Rafe para levar a pomada para sua costela roxa.

Cheguei no quarto e ele estava assistindo tv sem camisa como se nada tivesse acontecido.

- precisa passar essa pomada na costela, onde esta roxa. - disse jogando a pomada em sua cama

- você disse que ia passar - olhei para ele franzindo a testa- eu não sei fazer essas coisas.

- fala serio- disse me aproximando dele.

começei a passar a pomada em Rafe tentando ao máximo não me hipnotizar com seu tanquinho perfeito, ou com o seu cheiro incrível.

- acabei - disse ainda em sua frente tampando a pomada.

- obrigada, mas por que você está fazendo isso?

- por que eu não sou escrota.

saindo dali e descendo as escadas vi Rose vindo da área externa e Ward na sala mexendo no celular.

Rose
- onde você estava? eu disse para você limpar o bar com urgência para eu receber uns amigos. - ela sabia gritar como ninguém- e eu estou vendo as garrafas cheias de poeira.

- eu estava... me desculpa eu esqueci. - disse abaixando a cabeça

- ela tá mentindo. - ele disse chegando no local. - me envolvi em uma briga com um pogue e ela me ajudou a fazer um curativo.

- o que você esta fazendo? - disse sussurrando para Rafe

- não precisa proteger ele Sofia, já esta na hora dele virar homem. - ward disse lançando um olhar mortal para Rafe.

- eu não quero saber, você tem meia hora para deixar aquele bar limpo.

- sim, é claro

babaca

limpei o bar na maior velocidade e cuidado com as garrafas, quando vejo Rafe vindo.

- por que fez aquilo?

- queria que eu deixasse você levar uma bronca da loira oxigenada?

Rose era a madrasta dos filhos de ward.

- era o que você faria.

- é, me pegou.

dei um sorriso e voltei a organizar os produtos de limpeza.

- poderia me dar seu número?

- não tô afim de brincadeira Rafe, tô ocupada.

- eu tô falando serio.

que?

- por que você iria querer o número de uma pogue?

- por que você é legal.

an?

- 987...

eu não estava acreditando nem um pouco no que eu estava ouvindo. Rafe, pedindo meu número? sem gracinha, sem babaquice, não estava acostumada com isso.

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Ster- o que? eu não acredito

Sofia- pediu meu número, sem nenhuma brincadeira idiota.

Ster- e você deu?

Sofia- eu dei, merda, ele é o filho do meu patrão. Por que eu fiz isso?

Ster- agora já foi gata, água de coco?

Sofia- quero, mas ele ainda não ligou.

Ster- acho que ele vai mandar mensagem.

Sofia- é, deve ser.