Capítulo 5

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Brianna acompanhava seu recém conhecido até a enfermaria, mesmo o rapaz insistindo que não era necessário.

— Está doendo? — ela aponta para a área arroxeada na lateral do rosto dele.

— Só se eu encostar, mas de boa. — ele sorri por trás do pedaço de tecido que ainda pressiona contra seu sangramento nasal.

— Eu tenho muita agonia de ver sangue... — a garota aponta, evitando olhar para ele.

— Será que você tem fobia?

— Acho que sim, se chama hemofobia. Mas eu não desmaio, nem nada assim, só sinto um arrepio e talvez, ânsia.

— Ah então nem olhe para mim, devo estar repulsivo. — o rapaz ri.

— Não seja tonto. Chegamos. — Brianna dá batidinhas na porta da enfermaria e uma mulher a atente. Ela olha para ele e meneia com a cabeça.

— Se meteu em briga?

— Não, levei uma bolada. — eles entram e a enfermeira examina o rosto do garoto.

— Tem certeza de que não foi um soco? Esse nariz está bem feio.

— Muito obrigado, viu? — ele diz ironicamente — Eu estava vendo um treino com a minha amiga e um dos jogadores me acertou sem querer.

— Sem querer... Sei. — ela olha para ele, séria — Bem, vou te dar uma compressa fria para colocar aí por hora, mas tem um remédio para dor. O nariz ja parou de sangrar, mas se voltar, coloque um algodão e não assoe, nem coloque água quente... Você já sabe.

— Estou liberado?

— Até a próxima. Esse foi o seu recorde de tempo sem vir aqui.

Assim que os jovens saem da sala, o garoto estica os braços, colocando as mãos atrás da cabeça logo em seguida, deixando seus músculos aparecerem. Brianna não notou.

— Você vem muito aqui? Por quê?

— Eu me machuco às vezes.

— Brigas? — eles se sentam no chão próximo aos armários, esperando pela hora de voltarem para suas respectivas classes.

— Pode-se dizer que sim.

Brianna olha bem para seu colega, não parece o tipo de pessoa que sofre bullying ou algo do tipo.

— Eu sempre fui encrenqueiro, não posso evitar.

— Você não foi comigo.

— Bom, não é como se eu procurasse confusão. É mais como se... ela me caçasse, sabe?

— Acho que sei. — sorriem um para o outro. Mas uma mão segura o rapaz pelo colarinho e o levanta, Hector pressiona o garoto na parede.

— Que porra é essa?! — ele pergunta para o outro, que tem uma feição assustada, que confunde Hector um pouco.

— Sai! — Brianna puxa o capitão. — Quer me dizer o que está acontecendo?

Os garotos se encaram, Hector passa um braço pelos ombros da menina. Conduzindo-a para um laboratório, que está vazio no momento.

— Vamos conversar.

Ele a empurra pela sala, até que a coloca sentada em uma das cadeiras disponíveis e fecha a porta.

— Vai me contar o que tem de errado com você? — ela cruza os braços.

— Você tem que ficar longe daquele cara. — ele diz, com as mãos na cintura.

— Por quê? O que você tem contra ele? — a garota se levanta, se aproximando do rapaz. — Eu sei que você jogou aquela bola de propósito.

— Ele... não presta. Ele é um bosta!

— Sabia que me falaram coisas parecidas sobre você? Não é como se você fosse um santo, não é?

— Quem... Quem anda te falando essas coisas?

— Sua reputação não é realmente um segredo.

— Acredite, é diferente daquele otário! — seu tom de voz sobe um tanto, fazendo Brianna arquear uma sobrancelha.

— Escute aqui. Eu te conheço há pouco mais de vinte e quatro horas, por que se importa tanto?! Você se aproximou de mim do nada com um papo furado de querer estudar, acha que eu sou idiota? — a garota não obtém resposta — O que, de verdade, você quer comigo?!

— Eu...

"Que porra eu falo?!" Ele pensa.

Brianna suspira e se dirige até a porta.

— Eu acho que gosto de você!

Puta. Merda!

A garota se vira para ele com uma feição completamente incrédula.

— Como é que é?!


N/A: Boa noite fofinhos e fofinhas! Só um aviso, perdão pelas falas de alguns capítulos estarem  começando com traço e não com travessão, no app onde eu escrevo, eu coloco travessão, mas ao vir pro wattpad, viram traços pequeno, não sei o motivo... Sempre que possível vou corrigindo, beleza?

Até mais! 🖤✨

Até mais! 🖤✨

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