Brianna permaneceu um tanto silenciosa no percurso até a casa do pai de Hector.
Precisava admitir para si mesma que estava se apaixonando por aquele desgraçado que estava apostando com os amigos que quebraria o seu coração!
E, ainda por cima, o filho da mãe a pediu em namoro.
Dizer que não significaria deixá-lo para trás. Deixar tudo para lá, seu jogo de vingança mesquinho, a amizade dele, mesmo que não fosse de verdade.
E isso seria um alívio, de certa forma, não é?
Brianna tirava o chapéu para Hector, quase a convenceu com aquele papinho de que ela era incrível.
Porém, se abrisse seu coraçãozinho confuso e dissesse sim ao garoto, se se jogasse de cabeça neste relacionamento ilusório, que não vai durar mais que uma semana, poderia ter sua vingança. Por mais medíocre que fosse, faria o rapaz se arrepender de ter brincado com ela e com os sentimentos dela.
Estava completamente dividida. O que estava fazendo?
Hector recebeu um telefonema e se afastou alguns passos para atender.
— Oi... Valeu, como estão as coisas aí? — andava para lá e para cá com o celular encostado ao lado direito do rosto, murmurando coisas que Brianna não prestou atenção. Parou para ouvir as palavras dele depois — É eu sei, está bem perto. Não vou amarelar, porra! Pode deixar... A gente se vê na segunda, falou! — falava com seu treinador, mas Brianna não sabia disto, a aposta reverberava em sua mente e as palavras de Hector pareceram contribuir para isto.
O garoto se aproximou dela, que estava de costas para ele, processando as últimas palavras dele.
— Bria... — foi interrompido.
— Eu quero! Eu... quero namorar com você. — e segura o rosto dele, beijando-o rapidamente. O rapaz, que, naquele momento parecia uma mosquinha dando um abraço carinhoso na viúva negra, agarrou a cintura de Brianna com força, contente e surpreso.
Talvez Brianna não fosse tão perspicaz quanto ela mesmo e todos os outros achavam. Sua insegurança e paranóias a cegaram e, agora sim, se sentia o clichê perfeito. Havia se jogado com tudo nos braços daquele que queria prejudicá-la.
O que faria com isso? Tramaria um discurso para acabar com ele publicamente? Enganaria a si mesma e aproveitaria seu pouco tempo ao lado daquele mentiroso idiota que a havia fazendo bem, que a havia contagiado?
Foi um beijo angustiante para a garota, mas Hector não estava muito diferente.
Estava feliz, é claro! Mas como faria para resolver essa merda?
Sim, Hector era um bundão que, recentemente, se descobrira um cara romântico e estava, de fato, apaixonado pela última pessoa que deveria.
Que incrível, não é?
Queria chegar em casa e contar para os amigos que estava namorando com uma garota legal, que gostava dela!
Já estava decidido há algum tempo que o garoto faria isso, mas não mas circunstâncias que gostaria.
Sua vontade era correr para perto de Joe e pedir que lhe desse um soco bem no meio da cara, porque ele estava certo a porra do tempo todo. Aquilo era babaquice, e era surpreendente que um cara de dezoito anos não tenha percebido isso antes, caramba!
Assim que o beijo cessou, Hector abraçou sua nova namorada, colando a cabeça dela em seu peito e apoiando o queixo sobre seus cabelos. Sem que quisesse, começou a murmurar para si mesmo.
— Vai dar certo. Vai dar tudo certo. — murmurava, pensando em concertar tudo antes domingo.
Mal sabia que Brianna o ouvia e seus olhos ardiam mais e mais. O garoto havia desistido de fazer cerimônia? Estava praticamente esfregando na cara dela o que estava fazendo!
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LA PARI (A Aposta)
Teen FictionAh, os clichês! Quem não gosta de um romance entre a nerd e o popular? E se ele apostasse com seus amigos que pode conquistá-la? Melhor ainda! Mas, e se ele não fosse o único que gosta de apostas? • Livro 2 do Projeto Fanfic em Imagem. ❌ Não tem hot...