Capítulo 4

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— Como é que é?! — o rosto de Mackenna parecia um emoticon, a garota estava chocada, após ouvir sua amiga lhe contar que o capitão do time de basquete tentava se aproximar dela.

— É, ele sentou comigo durante a aula ontem, prestou atenção em tudo. Me pediu ajuda com algumas matérias, nosso trabalho de física, coisas assim.

— Brianna... Eu nem sei o que pensar...

— Eu fiquei confusa também. Mas, ele realmente estava tentando, sabe? Tudo o que eu expliquei, ele entendeu, e já demos início ao trabalho. Sem problemas.

— Até agora, não é? Não sei como te dizer, mas, o Hector... Bem, tome cuidado com ele.

— Fique tranquila! Não vai acontecer nada. — Brianna assegura e as amigas se despedem.

Mais um dia começa e Mackenna se questiona por que ainda não tem o telefone de Brianna para fofocarem entre as aulas.

Ao entrar no banheiro e se fechar na cabine, ouviu algumas meninas conversando, e ao sair para lavar as mãos, não poderia ter encontrado nada mais desagradável.

— Olha só...! — Mary sorriu para Ruby e Emma.

— Eu devo ter feito uma merda muito grande em vidas passadas para ter que ver a cara feia de vocês logo cedo. — disse, ao ensaboar as mãos.

— Que gente amarga! Nós estamos em paz aqui, garota. — Ruby diz, se escorando na pia, enquanto Emma entra em uma das cabines.

— Isso é novidade! Que bom, fofinhas. Então vocês podem ficar em paz longe de mim. Todos vocês daquela elitezinha nojenta.— Mackenna chacoalha as mãos, para secá-las e, lógico, para respingar em Ruby.

— Nós estamos mais perto do que imagina, meu benzinho. — Mary se aproxima, sussurrando no ouvido de Mackenna.

— Sai de perto de mim. — a jovem extrovertida fecha sua expressão, afastando-se da garota. — Fica na sua, está me entendendo?

O sinal toca e, antes que todas saiam do banheiro, Mary olha para Mackenna, não há mais deboche em seu rosto. É apenas uma feição séria, só isso.

— Eu preciso de mais um exemplo, senão, não consigo fazer!

— É só usar a fórmula!

Hector e Brianna discutem aos sussurros, enquanto o professor de francês passeia pelos corredores, observando alguns alunos, que realizam uma avaliação trimestral.

A garota já havia entregado sua prova e Hector também. Um deles entregou em branco, deixemos para imaginação quem foi.

— Vocês dois! Se eu tiver que chamar a atenção de vocês novamente...

— Foi mal! — o rapaz pediu. Porém voltou sua atenção para sua amiga, que já estava impaciente —  Eu não sei aplicar a fórmula naquela conta, cacete!

— Quieto. — ela sussurra de volta, sem olhar para ele, que atira uma borracha nela. — Ei!

— Quer saber? Chega! Para fora, vocês dois. — o homem aponta para a porta — Aliás, todos os que já acabaram a prova, vão dar uma volta.

Uma dúzia de alunos saiu da sala e se espalharam pelo pátio da escola. Alguns foram para o refeitório, outros simplesmente se sentaram no corredor para conversar.

— Feliz? — Brianna questiona Hector, com as mãos na cintura.

— Pelo menos a gente pode conversar direito, agora.

— Dá para esquecer isso? Não aguento mais isso de fórmula!

— Lógico! — eles se encaram como duas crianças emburradas. Hector pega a mão de Brianna e começa a andar, apressado. — Vem.

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