Ísis Dal Zotto, uma recém graduanda em Fisioterapia é filha de uma das lendas do voleibol brasileiro, que hoje atua como técnico da seleção brasileira de vôlei, Renan Dal Zotto.
Bruno Mossa de Rezende, filho de outra lenda do voleibol mundial, Berna...
Ao final de um péssimo primeiro dia, Ísis caminhou pelo estacionamento da sede até encontrar seu carro.
A loira trouxera 3 malas cheias, a final, tem passagem comprada diretamente pra Tokyo.
Antes pecar pelo excesso do que pela falta não!?
Como ela conseguiria levar as 3 malas até o alojamento!? Eis a questão.
Ísis encarou as malas em sua frente por alguns minutos até escutar passos se aproximando.
–O que houve com as malas!? Não vá me dizer que a fisioterapeuta encontrou uma dura lesão nelas... Disse Bruno ironicamente
–Pelo visto alguém tem senso de humor.
–Você ainda não viu nada... diz com um sorriso irônico no rosto
–Prefiro ficar de fora dessa.
–Tudo bem... mas o que aconteceu com as malas!? Pergunta intrigado
–Estava pensando em um jeito de levá-las ao alojamento. Sem me espatifar no chão durante o caminho, é claro.
–Alojamento!? Os membros da comissão técnica ficam nos hotéis. Disse surpreso
–Me dissseram que houve um corte de gastos, ou seja, nada de hotel 5 estrelas pra mim...
–Sinto muito... se fosse você, certamente entraria com um processo. Diz com um certo humor –Mas se quiser, posso te ajudar a levá-las até seu quarto.
Até que Bruno não era um monstro de sete cabeças como pensara Ísis.
–Eu agradeço, mas não acredito que seja capaz de tanto cavalheirismo... você é um verdadeiro ogro. Disse a loira com um sorriso em rosto.
–Tudo bem, fique aí então. Diz se virando de costas abruptamente.
Droga, passei dos limites.
Pensou ela.
–Ei era brincadeira! Eu preciso muito de ajuda!
–Jura? Nem tinha percebido. Se estava entrando em colapso por três malinhas, acho que teremos um tempo difícil trabalhando juntos...
–Você acha? Foi a vez da loira ser irônica.
Ele soltou um riso abafado enquanto caminhavam em direção a ala do alojamento.
–Qual é o número do seu quarto? Pergunta ele quando finalmente chegam ao corredor dos quartos.
Ísis soltou as malas de uma forma um pouco brusca e procurou dentro de sua bolsa a chave que havia ganhado mais cedo durante sua primeira reunião de trabalho.
–25. Concluiu após analisar com atenção o chaveiro com as cores do Brasil.
–É aqui, em frente ao meu. Diz apontando ao quarto. –Malas entregues. Conclui Bruno
–Obrigada. Diz a garota sorrindo sinceramente a ele
–Nada. Se precisar de mim, o meu quarto é o 26. Diz apontando a porta da frente.
Ísis acenou com a cabeça e o deu as costas
–É... a voz do jogador ecoou pelo corredor fazendo-a se virar frente à ele. –Me desculpe por hoje mais cedo.
Ísis deu um passo para trás, adentrando o quarto qual ela acabara de destrancar.
–Eu geralmente não trato as pessoas assim, mas é que quando se trata do vôlei... eu perco a mão.
–Tá tudo bem, já esperava essa reação. Eu entendo que a lesão pra um atleta não é um momento fácil... espero mesmo que você possa se recuperar. Eu quero te ajudar, de verdade.
Bruno a encarou, e pela primeira vez, percebeu o quão claros eram os de Ísis.
Claros como uma pedra Água-Marinha.
Por um instante, se deixou levar pelo encanto de seu olhar.
–E eu quero sua ajuda. Concluiu com dificuldade
Até porque, era raro para Bruno assumir que precisava de ajuda.
Ajuda dela.
–Viu!? Nem doeu assumir que precisa da minha ajuda! Disse sorrindo.
–Um pouquinho. Bruno fez o gesto de pouco com o dedo polegar e indicador
–Te vejo amanhã.
–Amanhã. Concluiu Bruno, fazendo com que Ísis fechasse a porta do quarto em seguida.
Amanhã...
Amanhã seria um longo dia...
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Isisdalzotto
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