Trinta e seis

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Em sua cobertura localizada na cidade do Rio de Janeiro, Bruno ainda se encontrava no banho enquanto Ísis já esperava-o pronta na suíte do mesmo.

Após muita insistência do atleta, a fisioterapeuta teria aceitado o convite para uma festa na casa de sua família, em comemoração à grande conquista da smv.

É óbvio que o convite feito pelo pai não agradou-a, já que ela sabia quem estaria presente.

Há quem pense em Isadora e Marco.

Mas a verdade é que a presença do casal seria o menor de seus problemas...

Sua mãe Annalisa, e sua avó Donatella eram as culpadas pelos nervos à flor da pele da jovem loira.

A família ítalo-brasileira que carregava o sobrenome Dal Zotto era realmente uma família tradicional, o que acabava por fazer com que todos os membros fossem muito unidos.

Pelo menos na maioria das vezes...

O histórico da caçula Dal Zotto contava por si só quem era a ovelha negra da família.

Ovelha essa que só obedecia à um pastor,
Donatella Dal Zotto.

Ísis sabia que com o casamento da prima prestes a acontecer, a avó faria de tudo para te-la presente.

Afinal, a promessa era que nenhum Dal Zotto ficaria para trás... Promessa que já havia sido quebrada quando traíram-na.

Estirada na grande e macia cama box, Ísis pensava em todas as maneiras como não se deixaria ludibriar por Donatella, então Bruno apareceu.

O levantador tinha seu abdômen exposto enquanto uma toalha adornava sua cintura.

–Qual camis... interrompeu a formulação de sua pergunta ao perceber o semblante "diferente" estampado no rosto da moça

–O que houve Ísis? Perguntou preocupado

Sua primeira reação foi franzir o cenho em resposta.

–Nada... porque a pergunta? Questionou ao tentar amenizar sua feição

–Sua cara não era das melhores quando abri a porta... explicou –Já te disse Ísis, se não estiver se sentido confortável podemos não ir, eu não me importo. Sugeriu enquanto se vestia

–É claro... quem se importaria em escapar de uma festa chata para usufruir da minha companhia!? Zombou ela

Ele riu ao terminar de se vestir

–Realmente, não me imprtaria nenhum pouco. Disse deitando-se na cama ao seu lado, envolvendo-a em um abraço apertado

O levantador então acariciou o rosto à sua frente com carinho e admiração, e em seguida distribuiu beijos por toda sua extensão.

–Sério Zizi, se você não quiser não iremos. Pontou em meio as carícias

A fisioterapeuta suspirou fundo

–Se não comparecermos, minha avó comparecerá a sua casa. Pode ter certeza de que não quer que isso aconteça...

–Você fala como se ela fosse um bicho de sete cabeças. Se mostrou indignado

–É porque ela é. Disse séria. –Junto da minha mãe as cabeças de multiplicam para 14.

–Mas essa é a lógica né, 7 com 7 são 14, mais 7, 21 tenho 7 namoradas mas não gosto de nenhuma. Citou fazendo-a gargalhar

Seu sorriso era contagiante, e fazia Bruno sorrir todas as vezes em que o via.

–Estarei a todo tempo à seu lado, se preferir voltar pra casa voltaremos, tudo bem? Sugeriu atencioso

Ísis acenou afirmativamente com a cabeça, e então o casal caminhou para fora do apartamento em direção à garagem do prédio.

O caminho não foi muito demorado até chegarem à enorme casa da família, a qual era bem conhecida por Ísis.

A garota viveu lá durante um curto período, dos quinze aos dezessete anos, quando se mudou para São Paulo devido à faculdade.

Do pára-brisas de sua SUV, Bruno percebera que duas mulheres já lhes aguardavam em frente à grande porta de madeira. Pelo pouco que Ísis contara a ele, pudera adivinhar que se tratavam de Annalise e Donatella.

E realmente eram.

Rezende então virou-se para o lado, logo percebendo que sua acompanhante se encontrava em um extremo estado de nervosismo e ansiedade.

As pequenas e frágeis mãos chegavam a tremer.

O jogador então abrangeu suas mãos à dela a fim de demonstrar que estaria segura a seu lado. E ao estabelecer contato visual, ele se prontificou a dizer:

–Não quero que fique nervosa, tenha certeza de que não deixarei nada lhe acontecer. Pontuou ao encara-la –Estarei aqui, por você Ísis.

Com os olhos marejados, ela acenou com a cabeça a fim de agradecê-lo.

–Pronta? Perguntou prestes à abrir a porta do carro.

–Não... Mas temos que ir não? Questionou receosa

O atleta afirmou com a cabeça tentando tranquiliza-lá.

Então ao mesmo tempo, os dois deixaram o interior do carro e andaram de mãos dadas até a entrada da festa.

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Início de uma nova fase na fic, espero que gostem 🥺

Coworker | Bruno Rezende Onde histórias criam vida. Descubra agora