Quarenta e quatro

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–Desliga essa porra filho. Solicitou Bernardo ao escutar o incessante toque de celular do primogênito

Obedecendo às ordens do mais velho ele o fez imediatamente.

–Pra cima delas Vivi! Exclamou o titular da seleção brasileira

Acompanhado do pai, que como de costume se encontrava aos berros, Bruno assistia atentamente à encaminhada vitória do time da irmã caçula.

Ainda principiante e com seus pouco mais de um metro e meio de altura, atuando como líbero, ela se esforçava ao máximo ao tentar defender todas as bolas vindas da equipe adversária. E a julgar pela boa atuação da menina em quadra, Vitória definitivamente tinha o sangue dos Rezendes correndo pelas veias.

Ela tinha potencial pra feitos brilhantes.

–Desde quando ela se interessou pela posição? Indagou ao realizar-se da boa escolha feita pela criança.

–Desde que assistiu alguns jogos e entrevistas com a Brait, Vitória passou um bom tempo obcecada por isso. Relatou ao dar de ombros

–Ísis também costumava a ser líbero. Mencionou se dando conta das diversas semelhanças entre a noiva e a irmã.

As duas de fato se dariam bem.

–Não vejo a hora de conhecê-la filho. Confessou o grisalho –Mas e aí? Como estão as coisas entre vocês? Meu primeiro neto já está a caminho?

Pasmo com a objetividade da pergunta, Bruno fez menção à respondê-lo ao abrir a boca por algumas vezes.

No entanto, seu cérebro parecia desconexo em relação ao restante do corpo.

O levantador claramente não tinha pretensão em contesta-lo, muito menos tinha conhecimento em como partilhar aquela novidade.

–Terra chamando por Bruno!? Clamou resgatando-o de seus devaneios.

Realmente seria uma dificuldade manter segredo por muito mais tempo.

–Tá tudo bem filhote? Eu disse alguma coisa errada!? Questionou visivelmente preocupado.

A reação do primogênito em relação a brincadeira do pai claramente não tinha sido das melhores.

–Sabe pai, é que...

Mal pudera concluir a frase, sendo mais umas vez interrompido pelo seu incessante toque de celular.

–Caralho o que tanto quererem com você!?

–Não sei, é desconhecido. Disse prestes à desliga-lo novamente.

–Então atende seu bocó, vai que é alguma coisa importante! Ordenou Bernardo, e ele assim fizera.

Um choque de adrenalina consumira seu corpo ao escutar à voz desesperada do cunhado ao outro lado da linha.

Naquele momento, todas as piores hipóteses passaram pela cabeça do rapaz.

–CALEB FALA DEVAGAR PORRA. Vociferou em desespero

Coworker | Bruno Rezende Onde histórias criam vida. Descubra agora