Where do we go? - Billie Eilish

Capítulo XXXI - A verdade somos nós

≈≈≈

(Cristopher's POV)
22:00h - 29/11/2019

O clipe havia se iniciado e a primeira cena se tratava de Billie entrando na sala de cinema completamente escura, iluminada apenas pelo grande telão com algumas interferências e um leve som de chiado ao fundo, ela completamente vestida de azul e com uma expressão vazia. Billie então toma a cadeira do centro no ponto mais alto da sala, um copo com um líquido preto fazendo referência a "When the party's over" estava no porta copos. Billie se senta e a sala se escurece, a interferência desaparece e naquele telão a primeira imagem que surge é a de Billie, não mais com uma expressão vazia e sim feliz, sorrindo, escrevendo em seu diário, falando ao telefone, e então... Eu, com um largo sorriso mexendo no guarda-roupa, sem blusa, mas com o colar que estava ali, em meu pescoço naquele palco, também naquela cena. Um filme de momentos que eu e Billie nunca passamos, momentos em que nossas personas naquele clipe davam risada numa cama assistindo filme, cozinhando, caminhando no shopping, dormindo... Mas as cenas sempre intercalavam entre nós dois e ela sozinha.
No meio das cenas ocorre uma pausa na música no que parece ser uma discussão, mas termina com o choro do meu personagem dizendo "Por favor não me deixa, eu te amo". E a persona de Billie congela completamente, dizendo que eles sempre foram amigos e que não queria responder sem entender esse sentimento antes. E de uma despedida num carro a cena muda para um carro parando na frente de um aeroporto, intercalando com cenas da minha persona no clipe acelerando numa moto para chegar naquele mesmo destino, e antes que ela embarcasse ele a entrega uma carta e pede para que ela abrisse apenas quando chegasse e ali... Uma despedida com lágrimas e um abraço forte capaz de fazer com que toda aquela multidão atrás de nós estivesse em prantos, juntamente com a minha persona enquanto pilotava a moto e a persona de Billie ao entrar no avião.
Com a visão embaçada por lágrimas um cruzamento é ultrapassado em alta velocidade e da direita surge um caminhão que colide com a moto dele, olhos se fecham no chão de uma avenida e dentro de um avião, um colar limpo e um colar sujo de sangue.
Era possível ouvir os choros da platéia atrás de nós, mas eu e Billie não paramos de olhar, nossos dedos entrelaçados se acariciavam constantemente e nós nos abraçávamos forte a cada momento de dor.
Quando a viagem chega ao fim e a carta estava prestes a ser aberta um aviso do ocorrido, e a expressão sorridente dela se desfez para a expressão vazia com retorno para a sala de cinema onde ele entra vestido completamente de branco enquanto no telão um funeral é passado, com uma pele completamente pálida ele passa na frente dela e se senta do lado esquerdo, ela não o encara e pega o copo, então aquelas mãos pálidas tocam a mão dela e quando aqueles olhos se encontram e ambas as testas se tocam, esse mesmo gesto ocorre no Central Park em Nova York, embaixo de uma árvore, e mais uma vez a cena intercala para ela sozinha, embaixo da mesma árvore, com o diário aberto com a carta sendo lida.

"Eu espero que tenha conseguido segurar até o momento em que chegasse, eu sabia que se lesse antes você iria querer adiar a viagem be eu não queria seus pais bravos comigo mais uma vez. Não ficaremos distantes por muito tempo, baby... Em três meses eu estou indo atrás de você, o tempo vai passar num instante... Somos você e eu pra sempre.
Ah! Eu te amo, e sempre vou amar, ainda que eu ame sozinho.
Até breve..."

O diário se fechou com a carta dentro e pés pálidos caminhavam na direção dela, a mesma se levantou, deixando o diário pelo caminho e correu na direção dele, o abraçando e num rodopio com lágrimas e sorrisos, ela foi acordada numa noite de lua cheia sentada ao pé de uma árvore no Central Park. A tela escureceu completamente dando fim ao clipe e todos aplaudiram de pé enquanto secavam as lágrimas.
Eu e Billie nos encaramos e ambos estávamos emocionados.