| Capítulo 1

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Boa leitura!

Europa, século XVIII

Era um dia quente sobre o santuário de Atena.

No pequeno vilarejo de Rodorio, os moradores cumpriam sua rotina usual de trabalho, debaixo do sol escaldante e o clima abafado de verão.

Dentre todos os moradores da pacata vila, sorrindo para os quatro ventos e cumprimentando a todos, lá estava Louise. A menina das flores.

Todos do vilarejo e até mesmo no próprio santuário a conheciam por ser sempre tão sorridente e atenciosa. Seu nome circulava com frequência por todos os cantos, principalmente quando levava as flores que colhia para o Grande Mestre.

Louise era uma jovem moça que cultivava e vendia flores para sustentar a si mesma e sua irmã mais nova, Margot.

Por acasos da vida, ambas ficaram órfãs muito cedo ao perderem seus pais de forma trágica, o que fez as duas ficarem sob a guarda de uma velha tia que morava em uma vila não muito distante de Rodorio.

No entanto, a mulher já estava velha e acabada, começando a dar os primeiros sinais de que em breve partiria. E assim foi feito. Exatamente no dia em que Louise completara 19 anos a velha tia fechara os olhos em um sono eterno.

Após muito lamentar, as irmãs, agora crescidas e maduras, retornaram ao vilarejo de Rodorio e decidiram viver lá a própria sorte e esforço. Não tinham mais nada perder a não ser uma a outra, então o que quer que acontecesse dali para frente elas dariam um jeito.

Conseguiram uma singela casa próxima a um canteiro, do qual Louise plantava suas sementes e dividia o terreno com outro morador que plantava seus grãos.
O canteiro não possuía um dono legitimo, estava ali e quem o pegasse primeiro era o dono. Entretanto, naquele local específico do vilarejo não havia mais terras para se cultivar, então o que se podia fazer era dividir a única que tinha.

A jovem acordava cedo para regar e cuidar de suas flores, havia se tornado uma paixão além de apenas fazer por trabalho.

Ela achava divertido, principalmente quando sua irmã Margot a ajudava tirando fora algumas pétalas murchas ou preparando arranjos. A propósito, o talento único que Margot tinha para plantações devia-se à irmã mais velha, e embora fosse muito boa montando arranjos, Louise não queria que a irmã passasse toda a vida sendo uma florista como ela.

Justamente por isso, Louise se certificava sempre de fazer com que a irmã aprendesse o que fosse necessário, e que se tornasse a pessoa culta e acadêmica que ela não pôde ser. Não que fosse desprovida de conhecimentos, apenas não os tinha na mesma intensidade que um polímata de sua época.

Enquanto caminhava com passos ritmados e uma cesta nas mãos, Louise recebia cumprimentos e elogios pelas flores, e vez ou outra alguém fazia alguma pergunta sobre a mais nova, Margot, que ao contrário de Louise era falante e agitada

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Enquanto caminhava com passos ritmados e uma cesta nas mãos, Louise recebia cumprimentos e elogios pelas flores, e vez ou outra alguém fazia alguma pergunta sobre a mais nova, Margot, que ao contrário de Louise era falante e agitada.

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