| Capítulo 38

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Para as lindas pessoas que estão chegando agora nessa humilde história: Bem vindo (a)!!! Estou mega feliz por The Spell estar conquistando novos leitores e por toda a interação de vocês nos capítulos. Espero de coração que essa história deixe vocês um tiquinho assim: 🤏🏾 felizes, e obrigada por darem amor a essa minha bebezinha 🥺💚

Com as desculpas vencidas, essa autora deixa vocês com o novo capítulo de The Spell...

Desejo uma boa leitura a todos 💚






Naquela manhã fria no santuário, Louise foi carinhosamente desperta com selares ternos, que a princípio achou serem cócegas na região de suas costas. Se recusando a abrir os olhos, preguiçosa demais com o vento frio que adentrava o quarto, murmurou sentindo os beijos, agora ávidos, subirem até sua nuca acompanhados de uma cabeleira espessa e cheirosa.

Apreciou os beijos confortavelmente, sequer se lembrando que ainda teria um dia longo pela frente, se recusando a cogitar a ideia de retirar seu corpo daquela cama macia e daqueles lençóis quentinhos que tinham o cheiro de Albafica.

Todavia, como se já soubesse que ela estava acordada, Albafica fez questão de transformar os beijos em deliciosas mordidinhas que distribuía por toda a região de suas costas, nuca e pescoço, se divertindo a beça com a risada rouca da jovem.

- Bom dia Lou - falou colando seus corpos em momento algum cessando as carícias.

- Bom dia Albafica - respondeu rendida, finalmente abrindo os olhos e se virando de frente para o cavaleiro.

Assim que pousou seus olhos em Albafica, naquele rosto tão esbelto e ligeiramente inchado - a qual passara uma infinidade de minutos admirando na noite passada -,nos lábios avermelhados e naquele olhar tão sereno e calmo, cada detalhe da noite anterior lhe voltou à memória como em uma cena de filme.

Cada carícia, cada toque, cada confissão ingênua e sorrisos bobos de quem estava fazendo tudo pela primeira vez, estavam gravados em sua memória, como uma marca a ferro com as iniciais do cavaleiro. Aquele homem, que lhe admirava tão intensamente como se estivesse embebido em si, lhe dera uma prova do quão profundo eram seus sentimentos e quis fazer isso da forma como somente ele sabia fazer.

Louise levou as palmas das mãos até o rosto do rapaz e acariciou suas bochechas, enquanto este apreciava o afeto com gosto, tentando não ceder tão rápido novamente aos seus instintos.

Na noite passada, não só a sala de banhos fora o palco de uma experiência inocentemente deliciosa, como também a biblioteca da casa de peixes, a sala de estar no banco do piano, e por último, o quarto do cavaleiro que os esperava pacientemente organizado, inundado aquele fraco, mas perceptível, ardor de veneno que comprometia todo o aroma do restante da casa.

Estavam ambos embebidos pelo veneno, se lembravam bem.

Cada sussurro de Albafica ainda estava claro em sua mente, como um mantra que não iria se dissipar com o tempo. As inúmeras promessas que lhe fizera, passando por cima de tudo e de todos - talvez inebriado pelo prazer do momento - ainda ressoavam em seus ouvidos com a mesma voz rouca e grave.

A julgar pela forma como ele devolvia o olhar, fixos no dela, perdidos naquele pequeno mundo onde só existiam os dois, já podia-se concluir que ele também se lembrava de tudo, já que seria impossível se esquecer de algo tão bom. Não somente isso, como aquele sorriso de canto que ele tinha nos lábios, dava total impressão de que ele havia acordado com disposição para expressar todo o seu amor mais uma vez naquela manhã.

The Spell | Albafica de Peixes Onde histórias criam vida. Descubra agora