| Capítulo 37

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Sentiram saudades dessa escritora amadora? 🙈 Hehehe feliz ano novo 🤎 (depois de quase um mês).
Como.minhas desculpas já estão vencidas por aqui, vou deixar vocês com esse capítulo fofíssimo de Alba&Lou pra deixar o ano e o coração de vocês quentinho.
Ponto: tentei detalhar melhor a casa de peixes nesse capítulo, porque no outro ficou meio borocoxózinho.
Bom, aproveitem a leitura e muito obrigada por ainda estarem aqui 🥺🤝🏾



Boa leitura ✨

Atravessando calmamente o corredor longo da casa de peixes, Albafica finalmente chegou ao jardim de rosas diabólicas, que apropriadamente era a única coisa que separava todo o resto do santuário da sala do Grande Mestre. 

Naquele instante, seu corpo estava reagindo violentamente com espasmos e uma expectativa grandiosa sobre Louise - mesmo que temporariamente - morando consigo na casa de peixes. 

Sorria tentando imaginar o que estaria passando na cabeça da jovem naquele momento. O cenário da vida dela mudou drasticamente de uma vila pacata, para a casa de um dos doze guardiões de Atena. Talvez ela ainda demorasse um pouco para assimilar essa informação, e se sentir confortável na casa guardada pelo cavaleiro. 

Contornando o jardim até chegar ao túmulo de seu mestre, Albafica refletia se talvez toda aquela reviravolta não era mais impactante para ele do que para ela. 

Se tinha uma coisa que abalou Louise e a tirou de seu mundo impenetrável, esta fora a chegada do cavaleiro e saber que seu corpo tinha uma predisposição para resistir ao veneno das rosas diabólicas. Isto era um fato. Estar de volta a Rodorio era apenas uma consequência natural que viria a acontecer, já que se apegou fortemente a Albafica e queria ter a chance de lidar melhor com seu passado, sem ter que trazê-lo para o seu presente outra vez.

Enquanto isso, o cavaleiro ainda tentava digerir que  realmente havia uma pessoa e viva e perfeitamente saudável, dentro daquele palácio envenenado que era a casa de peixes. E melhor ainda, que esta pessoa estava ali por ele.

Por vezes, desejou, até inconscientemente, não ter seu sangue envenenado ou ponderado alguma forma de curá-lo. Mas agora se arrependia de todas essas vezes, pois o que ele havia conquistado mesmo tendo o seu sangue era puro e verdadeiro. Imenso demais para alguém inocente de várias coisas como ele. Albafica não trocaria nada daquilo por um sangue comum ou um corpo normal. 

Seu alívio veio de onde ele menos esperava e da forma mais inusitada, porque sim, Louise foi capaz de curar todas as suas feridas, mesmo as fechadas mais que ainda ardiam. Foi capaz de curar o silêncio da sua mente, a dor em seu coração e colorir seus pensamentos da forma mais genuína. Cada fração de segundo que passava junto dela, nutria sua alma e preenchia seu corpo mais do que qualquer veneno existente nesse mundo. 

Louise fazia sentido em seu mundo sem sentido.  

📍

Fazendo uma reverência silenciosa, se agachou perante a lápide em uma única perna. Fazia um mês desde a última vez que conversou com seu mestre, embora o tempo por ali parecesse não surtir efeito, já que tudo continuava intacto e aquelas perigosas flores continuavam as mesmas.

A névoa avermelhada pairava como uma nuvem por cima dos galhos. Sempre que entrava naquele lugar, no seu jardim, sentia tão fortemente a presença de Rugonis que poderia crer que a qualquer momento ele poderia se materializar bem ali, diante de si. 

"Sinto falta de ouvir o senhor dizendo que está orgulhoso de mim mestre".

O cavaleiro de ouro deu uma risada fraca e sentiu pela segunda vez em menos de uma semana os olhos umedecerem  gradualmente com as lágrimas, que ele se recusava a liberar, mas ainda assim se sentia mais feliz por estar conseguindo externar seus sentimentos e não os reprimir como sempre fazia, os escondendo atrás de sua pesada armadura e imponência. 

The Spell | Albafica de Peixes Onde histórias criam vida. Descubra agora