Esta trama se passa na Itália do século XVIII, quando o Cavaleiro de Ouro de Peixes daquela geração, Albafica, em um duelo com um espectro de Hades acaba por um descuido atirando uma de suas rosas diabólicas na direção contrária a de seu oponente, a...
Gente, esse cap era pra ter saído na quinta-feira mesmo, mas eu fui acometida por um infernal mal estar que me tirou todas as forças e a paciência. Mas eu estou aqui agora para entregar este cap fofinho pra vcs.
Espero que gostem e desculpem pelos erros.
Bjs de luz ✨❤
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Boa leitura 📑
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-...Eu sabia cuidar bem delas - sorriu melancólica -. Eu gostava de flores.
--Eu imagino que sim...
Somente uma lamparina iluminava o rosto cansado de Louise, enquanto a conversa fluía calma e lenta na escuridão do quarto.
Na verdade, depois de um sonho terrivelmente assustador Louise desatou a conversar, mas ainda estava meio grogue por ter acordado rápido demais e com o corpo cansado por se debater frenéticamente durante o pesadelo.
Albafica estava sentado ao seu lado na cama, segurando seu braço como uma precaução para que nada voltasse a acontecer. Seus olhos atentos captavam cada movimento que ela fazia e cada expressão, na intenção de evitar prontamente qualquer coisa inesperada e desagradável que viesse a acontecer.
Ele ainda fazia questão de ouvir suas divagações solitárias, e responder todas elas com paciência.
--Eu era boa com elas, talvez eu soubesse cuidar de rosas melhor do que você - se gabou com os olhos quase se fechando.
Certamente o assunto de mais cedo teria ativado essa frustração escondida na mente de Louise, e por este motivo ela estivesse falando justamente daquilo sem nem mesmo se dar conta.
Albafica pensava exatamente nisso, enquanto sorria gentilmente para ela e a respondia:
--Eu tenho certeza que sim Louise. Na verdade eu não cuido muito das minhas rosas além de tocar para elas e vez ou outra aguá-las. Elas costumam se cuidar sozinhas.
--Eu imagino - sorriu -. Deve ser por isso que aquela parecia tão bonita naquele dia. Sabe, eu nunca me esqueço do quão brilhante e viva ela parecia, eu nunca tinha visto uma flor tão bonita em toda a minha vida. Senti como se estivesse sendo enfeitiçada a pegá-la, você acredita?
--Acredito Louise, é claro que acredito - mentalmente amaldiçoou sua própria rosa, embora também amaldiçoasse a atitude de Louise de pegar a flor, quando poderia ter resistido um pouco mais.
--Você me disse naquele dia da biblioteca que eu fui irresponsável, e eu concordo. No fundo, Margot morreu por minha causa e essa é a única verdade.
--Margot morreu por causa do veneno da rosa - respondeu.
Não sabia se era pelo estado de espírito calmo ou se pela mente anestesiada, mas inquietava a Albafica a forma natural como Louise dizia tudo aquilo, sem sequer dar um resquício de que estava prestes a chorar ou ter um surto a qualquer momento.
