| Capítulo 2 | parte II

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Boa leitura!

Antes mesmo de abrir os olhos, Louise sentia sua garganta ferida devido à força pela qual seu sangue jorrava para fora na noite passada

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Antes mesmo de abrir os olhos, Louise sentia sua garganta ferida devido à força pela qual seu sangue jorrava para fora na noite passada. Sentiu seu corpo dolorido e o estômago ainda se revirando como ondas no mar.
Forçou a engolir em seco em um ato instintivo, mas só fez sentir dor e se arrependeu por isso. Na melhor das hipóteses sua garganta estava gravemente esfolada. O que lhe rendia bons arrependimentos, pois lá no fundo ela sabia o por quê de aquilo estar acontecendo.

Obrigou - se a abrir os olhos e encontrou um teto completamente diferente do seu, indicando que já não estava mais em sua casa.
Impossibilitada de mexer a cabeça, moveu os olhos e olhou ao redor com a visão um tanto embaçada e logo constatou que estava na casa de um curandeiro local, após perceber que este próprio a observava atentamente ao lado da cama.

"Ah... Como era mesmo o nome dele?... Não me lembro".

- Por favor, não tente se levantar - disse de imediato sem a menina nem mesmo dar indícios de que o faria - seu corpo está coberto de manchas vermelhas e você vomitou muito sangue. Sua garganta deve estar muito ferida então por favor não tente dizer nada.
De prontidão pegou um pano úmido e levou até a testa de Louise, em uma tentativa de amenizar a temperatura corporal da garota que parecia estar em chamas ali sobre a cama.

- Deve estar se perguntando onde está sua irmã, estou certo? - Louise foi capaz de responder apenas com um piscar de olhos, todo o seu corpo parecia estar debaixo de uma pedra - Ela está bem, está na sala dormindo. Disse que não queria ir para aula hoje então a tutora dela permitiu que ela fosse amanhã sem falta. Mas ela está bem, está segura. Ah! e só para que saiba antes que eu me esqueça de dizer, está desacordada há dois dias. Aparentemente o que quer que tenha te deixado assim sugou todas as suas energias.

Por incrível que pareça, todos aqueles hematomas internos a deixaram tão fraca a ponto de a manter desacordada por mais de um dia. Sem contar que o veneno ainda corria por suas veias e artérias, drenando toda a sua vitalidade.

Contudo, o curandeiro como se já tivesse perfeita noção do que Louise queria saber, respondia suas indagações mudas com um tom paciente enquanto segurava a toalha em sua testa.

Permanecendo calada e completamente inerte, o homem, que não demorou a se recordar e que se chamava Édan, lhe contou como foi parar ali e de todo o desespero de sua irmã ao ver a poça de sangue da qual havia desmaiado.

Depois de cair completamente desacordada no chão, Margot entrou no banheiro e assim que viu tal cena perturbadora, ficou desesperada e correu até a casa de Édan, o chamando aos prantos. Este por sua vez se pôs a seguir Margot, e quando chegou até o pequeno cômodo manchado de sangue se assustou com a cena, mas não pensou duas vezes antes de pegar Louise no colo e levar até sua casa para ficar sob seus cuidados.

Depois de colocá-la na cama espalhou uma substância pastosa de cor branca em torno de seu pescoço e despejou sob sua garganta um líquido de ervas, amarrando um pano gelado em volta. O ferimento era tão grave que sua garganta estava demasiadamente inchada e completamente vermelha, como se tivesse levado vários murros naquele local.

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