| Capítulo 46

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Oi mais uma vez!

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Boa leitura!





Na manhã seguinte, Louise estava empilhando a bagunça em um canto, enquanto organizava móveis de outro.

A casa estava quase pronta. Alguns ajustes no telhado, mas nada muito difícil que ela não pudesse pedir a ajuda de Albafica, já que ele tinha praticamente o dobro de sua altura.

Durante a noite ficaram longos minutos que se transformaram em horas, apenas apreciando os detalhes um do outro, como costumavam fazer em Monteriggioni. No entanto, esses lazeres já não seriam mais possíveis naquele vilarejo, agora que ambos teriam obrigações e ela precisava encontrar a sua.

Necessitava ocupar seu tempo com alguma coisa e um trabalho. As pessoas do vilarejo já eram mais velhas, tinham seu próprio comércio que por sinal ia passando para os filhos. Não se via mais vendedoras de flores fazendo arranjos e aguando plantas por aí, como era antes. Atualmente as atividades econômicas do vilarejo eram voltadas para tecidos, bebidas alcoólicas, couros e poucas criações de gado mais afastadas, segundo o que Albafica lhe dissera. O comércio ali havia evoluído um pouco.

Talvez quisesse experimentar algo diferente também. A coisa mais distinta que conseguia ver vez ou outra enquanto voltava para o santuário, eram as Amazonas que viviam em treinamento. Na sua época não tinham tantas, quase nenhuma. Era possível que agora as mulheres também quisessem experimentar outras coisas além dos trabalhos domésticos.

Pensando nas possibilidades enquanto posicionava os móveis no lugar, decidiu colocar algumas cortinas nas janelas. Ainda guardava a rosa diabólica que Albafica lhe dera com muito sigilo. Agora que tinha um lugar seu, não via tanta necessidade de esconder a rosa, só deixá- la no canto em um cômodo restrito já seria suficiente. Por mais que as chances de alguém entrar em sua casa, ver a rosa e ligar uma coisa à outra fossem mínimas, Louise preferia se precaver. Albafica fora bastante claro quando disse que não era uma rosa comum que servia para mero capricho de alguém. Ele lhe confiou a flor graças a um pedido sincero, não podia relaxar.

Deixou a rosa em cima da prateleira e subiu em uma cadeira para pendurar a cortina fina e branca na parede. Estava concentrada, quando ouviu batidas fortes na porta, mas antes que pudesse dizer "entre" sua visita já havia entrado.

- Imaginei que estaria aqui, emperequetando esta casa. Está mesmo animada para vir para cá não é mesmo? - perguntou o cavaleiro de câncer, adentrando o espaço e procurando pela dona.

- De que adianta bater se não vai aguardar a resposta para entrar ou não?

- Eu sei que você diria sim, não se preocupe. Poucas pessoas me recusam por aqui. - se exibiu

Louise revirou os olhos com a fala convencida do rapaz. Se a cada frase dita por ele não conter alguma expressão vangloriando a si próprio ou gabando - se, não seria a mesma pessoa com a mesma personalidade. Ele tinha um teor prepotente que pertencia somente a ele.

- Muito atrevido você. E sim estou animada para vir para cá e estou...

- Aquilo é uma rosa diabólica? - indagou Manigold apontando para o fundo do quarto.

Louise suspirou antes de responder. Confiava mais em Manigold agora.

- Sim, é uma rosa diabólica. Por que?

- Uau... está muito além do que eu pensava. Você já manipula essas rosas - afirmou surpreso

- Não. Eu não as manipulo. Eu apenas pedi que Albafica me desse uma e ele aceitou meu pedido.

The Spell | Albafica de Peixes Onde histórias criam vida. Descubra agora