O Reino sem Músicɑ

⋅ Chapter Fourteen ⋅

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"O barulho continua soando
Outra rachadura neste lago congelado.
Eu me atirei no lago,
Enterrei minha voz por você."
- Singularity by Taehyung.

Capítulo revisado para melhor experiência na História.

Boa Leitura!
❤

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Kim Taehyung
⋅ Dançando sob a luz⋅

- Sua dama irá morrer, porquê está é a canção suicida! - O que Wanda disse não entrava em minha cabeça de jeito algum.

Suspirei vencido e aproximei-me do ouvido da Jung. Abri minha boca cantando uma música em voz baixa, o desespero de Wheein pareceu diminuir conforme sussurrada aquela canção.

"Não há nada como nós, não há nada"
"como eu e você..."
"Juntos através da tempestade."

"Não há nada como nós, não há nada"
"como eu e você..."
"Juntos."
- Nothing Like Us
by JungKook and TaeHyung

Tentava com todas as minhas forças, entender o por que de Wanda fazer aquilo com Crystal? O que exatamente ela queria provar? Porém, o que me deixou ainda mais surpreso, foi ver o brilho dourado sair das mãos da Jung. Então, ela era a portadora do poder músical... Mesmo estando completamente confuso, não liguei tanto para isso de momento. Wheein precisava mais de mim naquele momento e perguntas iriam deixá-la talvez desnorteada, leveu meus mirantes para Wanda.

- Não precisa se preocupar, eu me cuido sozinha. - Assenti devagar, olhando a mais velha mover-se para longe de nós.

Quando ela sumiu de vista, peguei a morena no colo e a levei para o quarto. Chegando no local, coloquei a menor na cama. Quando me sentei ao lado dela, ela levantou e me abraçou. Fiquei surpreso com tal ato, porém não deixei de retribuir. Levei minhas mãos até sua nuca e ali fiz um carinho. Ela suspirava enquanto enchugava as lágrimas que saiam de seus olhos. Queria que Wheein me visse como algo a mais que um Rei, queria que ela me enchergasse como um amparo para quando ela estivesse mal.

Algo que devo admitir é que vê-la chorar era de quebrar o coração, se pudesse faria de tudo ou impossível para consolá-la. Minutos de silêncio foram se passando... Algo que deixava-me completamente sem estruturas. Ela já havia se acalmado, mas... Preferiu não me soltar e eu também não quis. Também sabia não seria prudente perguntar-lhe o que acontecia naquela mente cheia de pensamentos. Porém, ela mesma quebrou o silêncio com sua voz rouquinha.

- Me senti... Morta e isso doía. - A mesma proferiu com calma. - Era horrível. - Foi concreta: - As memórias eram agressivas e ainda piores.

- Que tipo de memórias para serem tão devastadoras? - Questionei, a colocando deitada em uma posição mais confortável e me juntei a ela para podermos ter uma conversa mais tranquila.

- Ver meu pai morrer, no mesmo dia que... - Ela parou de falar e olhou para as mãos, ali entendi.

- Eu sei que você tem o poder músical. - Afirmei, fazendo-a olhar-me. A encarei e sorri fraco, pra mim estava tudo bem. Sei que ela sabe sobre a história sobre o herdeiro ser o privilegiado com o dom da música.

- No mesmo dia que descobri sobre o poder musical. - Terminou sua frase. A menor olhou para o meu peitoral e começou a dedilhar algo que vinha a mente dela: - Eu corri para para a fronteira do Reino com medo e gritei... Gritei alto como nunca havia gritado antes. Toda a minha frustação. - Seus olhos ficaram fixos em um ponto qualquer. - Chorei... Me destrui totalmente para me reconstruir de novo, sozinha. No início, minhas mãos emanavam um brilho que queimava e aquilo doía, então pra parar aquela dor... Começei a bater em uma pedra... Como pode imaginar, não deu muito certo. - A menor riu baixinho, enquanto revelava tudo com tranquilidade. - Fiquei sem voz no dia seguinte e com as mãos feridas. - Ri baixo e senti a menor apertar minha camisa. - Assim como você, eu poderia parar de cantar, mas, simplesmente... Não pude.