Unwanted Bonds - Tradução

Capítulo 27

Harry encarou Voldemort com olhos arregalados, sua mão segurando firmemente o anel que tinha sido a chave de portal para trazê-lo aqui. Silenciosamente, ele esperava que fosse ativado e o levasse de volta para Draco.

"É rude não cumprimentar seu anfitrião. Talvez devêssemos fazer algo sobre suas maneiras," Voldemort sibilou, puxando sua varinha. O garotinho estava de pé então, pronto para se esquivar do que quer que fosse lançado contra ele, mas nenhuma maldição ou azaração veio. Voldemort apenas ficou sentado segurando sua varinha enquanto observava o garotinho.

"Suponho que sua falta de educação pode ser desculpada pelo simples fato de que você foi criado por trouxas," Voldemort zombou, girando a varinha entre os dedos. "Nada a dizer?" Voldemort perguntou, levantando uma sobrancelha para Harry, que apenas continuou a encará-lo. "Talvez você queira saber de onde veio essa chave do portal, então?" Voldemort questionou. Harry olhou para sua própria mão, que ainda segurava o anel com força. "Por que você não dá uma olhada nisso?" Voldemort sugeriu.

"Foda-se!" Harry retrucou.

Voldemort estreitou os olhos vermelhos para Harry, sacudindo sua varinha, o bruxo das trevas observando enquanto os olhos de Harry se arregalavam, a mão do menino voando para sua boca e Voldemort sorriu. “Aquela criança era uma maldição que prendia a língua; se você não vai falar em tom civilizado, seria melhor se você não falasse nada, ”Voldemort disse e se levantou da cadeira em que estava sentado.

Harry recuou, seus olhos percorrendo a sala rapidamente procurando por uma fuga, ou algum lugar onde pudesse se esconder. Ele nunca se sentiu tão impotente antes. Enfrentando Voldemort no passado, Harry sempre teve algum tipo de vantagem, algo que sempre funcionou a seu favor, mas não havia nada agora. A única mobília nesta sala era a cadeira de encosto alto que Voldemort estava ocupando; havia um tapete estendido no chão a poucos metros da lareira, mas nada mais. As janelas estavam fechadas, assim como a porta. Harry estava preso, seminu e sem varinha. Mas o garotinho se recusou a mostrar o quão assustado ele realmente estava.

"O anel que você está segurando no momento," Voldemort disse parecendo não se importar que seu pequeno inimigo estava se afastando dele, "é uma herança da família Malfoy." Voldemort teve a satisfação de ver a descrença passar por aqueles olhos verdes, antes que a atenção de Harry se voltasse para sua mão por um momento. Mas o menino ainda não olhou para o anel que segurava.

"Chaves de portal são simples de fazer, embora sejam mais difíceis de controlar", disse Voldemort, afastando-se de Harry e indo em direção à janela. “Trazer você para mim por chave de portal tinha funcionado bem o suficiente no passado, mas como fazer você tocar em outra chave de portal? Essa foi a parte complicada. ” Voldemort olhou para Harry, sorrindo quando viu que o garoto havia recuado e agora estava tentando abrir a porta. “Teclar a chave do portal para ativar quando apenas você a tocou; é incrível o tipo de magia que você pode fazer quando tem o sangue de sua vítima. ” Voldemort se virou para olhar Harry completamente agora. “Estou ansioso para ver o que mais serei capaz de fazer. É claro que vou precisar de mais do seu sangue. ” Voldemort se moveu rapidamente, apontando sua varinha para Harry, dando ao adolescente muito pouco tempo para reagir quando o primeiro feitiço foi disparado; no entanto, Harry não

“Seria muito mais fácil se você simplesmente desistisse agora; a porta está trancada, assim como as janelas. Você não vai escapar de mim desta vez, Harry, ”Voldemort riu.

"Eu estou em sua mente, Harry, eu sei o que você mais teme," aquela voz familiar sussurrou no fundo da mente de Harry.

"NÃO!" Harry cobriu as orelhas, mas podia sentir aquela leve queimação logo abaixo da pele, uma indicação de que sua magia estava se acumulando, e desta vez Harry deixou. Ele não tinha sua varinha, mas Harry pensou que talvez se ele pudesse desencadear uma explosão mágica de alguma forma, poderia ser sua única chance de escapar. Ele apenas tinha que permanecer vivo o tempo suficiente para que isso acontecesse.