Sin Contrato

O que aconteceu eomma?

Roseanne Park Pov.

Me aconcheguei em seus braços, deitei a cabeça em seu peito e então soltei um longo suspiro, me permitindo apreciar o momento e relembrar do beijo. Meus lábios formigavam até agora, é como se os seus ainda estivessem pressionando contra os meus, sentia a minha boca levemente inchada e com gostinho de quero mais. Eu já sentia falta da sua língua dentro da minha boca em busca da minha, eu não sei quantas vezes suspirei naquele momento, mas flashes do beijo vinham em minha cabeça a cada segunda. O jeito que a Lalisa me olhou, a maneira que foi paciente e preocupada para saber se eu queria o beijo, é tão difícil de encontrar alguém que se preocupa dessa forma. Eu nunca esperaria isso da Lalisa, ela não tem cara de ser essa pessoa paciente e vamos dizer, romântica, não tem nada haver com ela mas me surpreendeu o jeito que me beijou. Eu ansiava por isso, as vezes na penumbra da noite quando eu não conseguia dormir, imaginava como seria o nosso beijo, eu estava começando a ceder de tanto que a Lalisa insistia e jogava seus flertes para cima de mim. O beijo que imaginei era algo selvagem, do tipo dominador, onde ela me joga na parede e me prensa nela enquanto me beijava fervorosamente com segundas intenções. Mas o que realmente aconteceu foi totalmente diferente do meu sonho e foi melhor ainda, muito gostoso. Ergui a cabeça só para encontra-la me olhando com um sorriso sedutor, típico dela, tentei me afastar mas a mesma me agarrou pela cintura, arfei com sua pegada.

Seus olhos desceram para a minha boca, aproveitei seu minuto de distração e me afastei com um sorriso sapeca. Lalisa veio logo em minha direção, me puxando pelo pulso para que eu fosse de seu encontro, mas a driblei perfeitamente e me livrei do seu aperto, para então, sair correndo no meio daquela chuva que ainda caia. Escutei seus passos apressados atrás de mim, ri só por achar aquele momento bobo e infantil ao mesmo tempo, tenho certeza que o nosso lado criança nos dominou. Meu erro foi olhar para trás, escorreguei só de tê-la visto tão perto e eu tinha certeza que eu ia cair feio naquele gramado molhado, se não fosse por ela. Lalisa me segurou pela cintura a tempo, me puxou com tudo para si.

- Já te disseram que o gramado está escorregadio? – Lalisa brincou, seus olhos piscavam em divertimento.

- Não, deveria ter um aviso – Suspiro me rendendo em nosso joguinho bobo.

- Ah, ok – Lalisa riu debochada – Vou mandar colocar um placa com o aviso.

- Fico muito agradecida, tá? – Seguro em seu rosto e selo rapidamente os nossos lábios.

- Se for uma placa enorme... – Lalisa sorriu de canto – Você me dará um beijão?

- Cala a boquinha – Aperto seus lábios um no outro com uma certa força.

- Ouch! – Lalisa se afastou e passou a mão na boca – Se você continuar me machucando assim, quer como que eu te beije?

- Ai meu Deus – Revirei os olhos – Para de drama e vamos entrar, já estou ficando com frio.

- Vamos, você pode ficar com gripe e eu não quero isso – Lá estava a Lalisa protetora – Que tal tomarmos um delicioso chocolate quente?

- Eu acho uma ótima ideia.

Corremos para dentro de casa, mesmo estando ensopadas, não ligamos que molhamos o piso, a nossa alegria é maior. Cada uma foi para o seu quarto, a empregava provavelmente está limpando alguma parte do andar de baixo já que não a vimos no andar de cima. Tomei um longo banho quente, tirando todo aquele frio que eu estava sentindo de tanto tempo que fiquei na chuva, até mesmo os meus lábios estavam começando a ficar roxo. Sai do banheiro enrolada na toalha, indo até o closet onde estão as minhas roupas, lá tirei uma muda. Vesti as partes intimas, coloquei um short de algodão e um moletom cinza que me aqueceu instantaneamente. Depois de secar o cabelo e penteá-lo, finalmente sai do quarto me sentindo melhor e cheirosa. Eu não sabia se a Lalisa já tinha tomado o seu banho, mas fui para a cozinha, quero tomar o chocolate quente prometido. Quando adentrei no cômodo, encontrei ela conversando com a empregada.