HOSPITAL

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Roseanne Park Pov.

Atordoada do jeito que eu estava, busquei pela primeira roupa que achei em meu closet. Vesti rapidamente uma calça jeans azul clarinha e um moletom preto, que é da minha namorada e contem o seu cheirinho de bebê. Eu nem quis que meus pais fossem no hospital, não queria ninguém no meu pé toda hora perguntando o que aconteceu ou se a Lauren está bem, nem eu sabia disso. Apenas desliguei a chamada depois da noticia, eu entrei em estado de desespero e agia de forma mecanizada, eu simplesmente estou fora de mim. Ao entrar em meu carro, arranquei com o mesmo e em meio as lagrimas, tentei dirigir da melhor maneira possível mesmo que a minha vista esteja embaçada, não quero mais um acidente nesse dia. Como assim a minha namorada sofre eu acidente? Eu não acredito que ela acelerou tanto de isso acontecer, eu pedi tanto para que ela se cuidasse. Em um sinal vermelho, passei as mãos tremulas em meus olhos, tentando inutilmente tirar as lagrimas. Elas caiam pelo meu rosto e se arrastavam até achar o fim, se perdendo em algum ponto e então, novas lagrimas voltavam a molhar as minhas bochechas. Quando o sinal ficou verde, voltei a dirigir entre respirar fundo e tentar controlar aquele choro silencioso. O que aconteceu com a Lalisa? Estava tudo tão bem, só foi sair do meu lado que uma tragédia aconteceu. Eu espero que não foi nada grave, não sei como iria agir se fosse o pior, se eu já estou assim sem saber de muita coisa, nem quero pensar no pior.

Parei o carro em frente do hospital central, travando-o após sair do mesmo e corri as pressas quase sendo barrada pelos paparazzis. Esses enfiavam as câmeras em minha frente, prejudicando os meus olhos com os flashes fortes, já bastava as lagrimas que não ajudavam em nada. Porque eu não vim com segurança? Já era de se imaginar que esses urubus fossem estar de plantão aqui em frente. Eles praticamente me esmagavam mas eu fazia o maior esforço para entrar de uma vez no hospital, antes de isso acontecer, uma câmera acertou em cheio a minha testa. Cambaleei para dentro do local com uma mão no local atingido, doía pra caramba.

- Moça, está tudo bem? – Mal percebi que estava perto da recepção.

- Sim – Minha voz não saiu convicta, saiu com dor, minha testa latejava.

- Quer agua ou algum analgésico?

- Está tudo bem – Me apoio no balcão em sua frente – Como a Lalisa está? Cadê ela?

- Calma moça – A mulher me analisou antes de perguntar – Você é parente dela? Só posso dar informações para familiares.

- Sou a namorada – Respondi com agonia – O hospital me ligou para dar a noticia.

- Oh sim, Roseanne Park – Ela sorriu – Eu mesma que liguei, a pedido da senhorita Manoban.

- Por favor, diz que ela está bem.

- Não tenho muita noticia – Ela deixou os ombros caírem – Quando o resgate foi busca-la, ela estava quase desmaiando, mas pediu para que te ligasse para avisar, depois desmaiou e agora está na sala fazendo exames, continua desacordada.

- Meu Deus!

Lalisa Manoban Pov.

Gradativamente a minha consciência foi voltando ao normal, pisquei lentamente os olhos tentando me acostumar com aquele quarto todo branco e iluminado, resmunguei baixo pelo incomodo em meus olhos. Quando me acostumei, finalmente pude reparar melhor, um bip soava do meu lado. O olhei rapidamente, com a respiração ofegante como se eu tivesse corrido uma maratona. O aparelho monitorava meus batimentos cardíacos e indicavam que eu ainda estava viva, mas que merda aconteceu? Tentei me mexer porem fios e um soro estava ligado a mim, gemi baixinho pela repreensão dos aparelhos e a dor que causou pelo meu movimento inesperado. Voltei a deitar a minha cabeça em meu travesseiro, tentando normalizar a minha respiração e pensar em como vim parar aqui, espera, aqui é um hospital certo? Fechei meus olhos, me concentrando nos últimos acontecimentos, um flash claro se passou por minha cabeça. Carro destruído. Meu carro!

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