Sin Contrato

Solar

Lalisa Manoban Pov.

Bufei pela centésima vez, minha mãe me puxava de um lado para o outro naquele maldito jardim que está sendo decorado, ela lançava ordens para os funcionários e fazia questão de me ter em seu encalço, onde ela ia, eu ia atrás. Sabe aquele negocio que todos dizem e conhecem? Onde a vaca vai, o boi vai atrás? É bem assim que está a minha situação e eu não estou gostando nada disso, nem fiz nada e já estou cansada. Confesso que tudo estava ficando lindo porem eu só queria me sentar e ficar quieta em meu canto, mas não, a minha mãe faz questão de me fazer dizer o jeito que eu queria cada detalhe da decoração do casamento para amanha. O quintal é bem espaçoso, contendo um gramado artificial bem verdinho e algumas flores ao redor, o casamento vai acontecer embaixo de uma grande arvore primaveril que a minha mãe fez questão de conservar todos esses anos que moramos naquela mansão. Já tem algumas fitas em volta dela, sendo a decoração, a piscina que tem mais ao canto está lotada de bexigas coloridas, fico imaginando se não vai murchar até amanha. Mesas e cadeiras já estavam espalhadas, só não tinham toalhas em cima delas por conta do vento que podia fazer a noite, então deixaram para finalizar a decoração amanha. Mas diversos funcionários iam e vinham, trazendo caixotes e outras coisas, sendo para decorações ou para deixar para que facilitasse tudo amanha. O pessoal do buffet já deixaram uma linda mesa enorme de madeira perto da piscina, onde a comida será posto lá com muita elegância.

Finalmente consegui escapar de minha mãe, saindo de perto dela e correndo para dentro da mansão, até mesmo os empregados estavam ocupados com os afazeres do casamento. Assim que entrei na cozinha, fui pegar na adega uma garrafa de whisky que atraia a minha atenção. Peguei um copo largo e de altura média, apropriado para aquela bebida, enchi até a metade e cobri a outra metade com algumas pedras de gelo. De lá da cozinha, dava para ver o quintal, a porta de correr está aberta e eu tinha toda a visão. Meu pai, Kai e Sinb ajudavam a carregar algumas caixas, boa sorte para eles.

- Dia difícil? – Jennie apareceu ao meu lado de mãos dadas com a Jisoo.

- Minha mãe tá uma chata hoje – Beberico um gole da minha bebida – Quase não escapo dela.

- Ela está mais animada do que uma criança quando ganha um presente de natal – Jisoo riu divertida.

- E eu que sofro – Bufo entediada.

- E a sogrinha? – Jennie me cutucou na costela.

- O que tem? – Arqueio uma sobrancelha.

- Vai vir hoje aqui?

- Vai sim, a família Park vai ajudar, minha mãe fez questão disso – Tomo mais outro gole – Já devem estarem chegando.

- Finalmente vamos conhecer a famosa Roseanne – Jisoo entrou na brincadeira.

- Pelo menos ela é legal – Sorrio ao lembrar da australiana – Só a Hyuna e o Dawn que não foram com a minha cara, não apoiaram nadinha esse casamento.

Me calei ao escutar passos, viro de uma vez o meu Whisky antes de olhar para a entrada da cozinha, a empregada veio na frente sendo seguida pela família Park. Lancei um olhar para as minhas amigas e abri o meu melhor sorriso em direção aos meus "sogros", Hyuna e Dawn acenaram com a cabeça, um tanto desconfiados e sem jeito por estar dentro de uma mansão, indiquei com a cabeça para o quintal e ambos passaram que nem vultos por mim, preferindo ficar ao lado de minha mãe do que comigo, obvio. Roseanne está tão linda, usando um short de cintura alta e uma blusa com a barra enfiada dentro do short, ela está de mãos dadas com a pequena Alice. Sua irmã está com um lenço diferente hoje, sendo da cor cinza clara e ficando perfeitamente em sua cabeça. Me aproximei delicadamente, já sentindo os olhares traiçoeiros de minhas amigas em mim. Beijei a bochecha da australiana e me agachei para abraçar a pequena.