Sin Contrato

Eu disse

Roseanne Park Pov.

Não precisava de palavras naquele momento, o silencio não estava incomodo, apenas o som do helicóptero se fazia presente depois de um pedido lindo e fofo, não era preciso de mais nada para aquela noite incrível. Eu confesso que não esperava nada disso, achei que apenas passearíamos pela cidade de aeronave mas lá estava ela, me surpreendendo e me deixando de boca aberta com o pedido de namoro. Depois diz que não é romântica, como não? Do começo ao fim foi tudo maravilhoso, como sempre sendo cuidadosa e se fazendo de sonsa só para que eu não desconfiasse de nada. Se isso não é romântico, então eu não sei o que é. Acho que muitas pessoas nesse momento gostariam de estar em meu lugar, tenho quase certeza disso, o que eu fiz para merecer a Lalisa? A garota tem o mundo aos seus pés mas me escolheu, eu realmente não entendo, ela pode ter qualquer pessoa e se apaixonou justamente por mim. Mas bem, eu também posso gostar de qualquer pessoa mas gostei justamente dela, talvez nosso destino já esteja traçado, talvez seja ele que nos uniu e está nos dando a força, por isso estamos aqui. Namorando depois de um contrato de casamento falso, mas a pergunta é, como será agora? Obviamente o contrato será cancelada, mas como lidaremos com a mídia? Com nossos pais? Com nossas amigas?

Soltei um longo suspiro, pousando a minha cabeça em seu peito e fechando os olhos por alguns segundos. O piloto já tinha avisado que nós vamos pousar, mas parecia demorar séculos para isso acontecer, só então percebi que estávamos altos demais. Lalisa me envolveu em seus braços e me aconchegou nele, meus olhos foram parar na bela aliança que brilhava em meu dedo. Eu ainda não acreditava que isso aconteceu, então fitei a sua mão, lá estava a sua aliança. Tão brilhante quanto a minha, não sei porque, mas combinou perfeitamente com nossos dedos.

- Amor – Chamei em um sussurro – Como será agora?

- Espera, deixe-me recompor, parei de prestar atenção quando você me chamou de amor – Lalisa riu baixinho, arregalei os olhos ao perceber agora – Relaxa, estou como uma trouxa nesse momento.

- Ok – Afundo o meu rosto em seu pescoço morrendo de vergonha.

- Nós vamos rasgar o contrato – Lalisa ditou, suas mãos passeavam por minhas costas – Vou te dar o dinheiro como prometido.

- Ah não – Neguei com a cabeça – Não quero dinheiro, tudo que eu queria era a Alice bem e ela está, então não preciso mais de dinheiro.

- Mas...

- Sem mas – A cortei – Agora prossiga.

- Vamos ir na Jennie, eu tinha deixado o contrato com ela – Lalisa disse, apenas assenti – E depois vamos ver um jeito de falarmos com nossos pais e com as meninas.

- Certo – Umedeço os lábios – Acha que vai dar certo?

- Amor, eu estou pouco me fodendo para a opinião dos outros – Lalisa beijou a minha cabeça – O que importa é nós duas, estamos namorando baby.

Agora entendi o motivo de Lalisa tentar se recompor quando a chamei de amor, como é gostosa essa palavra né? Eu sentia falta de ser tratada com carinho, sentia falta de alguém apaixonado por mim, sentia falta desses pequenos momentos e agora estou matando a saudade por conta da garota-propaganda, a minha namorada. Ao pousar o helicóptero, saímos do mesmo com a ajuda do piloto e nós agradecemos ele antes de nos despedirmos. De mãos dadas fomos até a McLaren que nos esperava, mal entrei e já puxei o cinto sabendo que a Lalisa gosta de correr que nem louca pelas ruas de Seul. O que me surpreendeu foi quando ela passou a dirigir com cuidado, sem correria como antes, sua mão pousada em minha coxa pelo caminho todo até a casa da Jennie. Tratei de por a minha mão por cima da sua e assim fomos, não conversamos muito, mas o silencio é confortável e parecíamos digerir a ideia de estarmos namorando, incrível né? Quando chegamos, Lalisa fez questão de abrir a porta do carro para mim e fomos de mãos dadas até a campainha.