Capítulo 27 - Quanto tempo demora para alguém se apaixonar?

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Quanto tempo demora para alguém se apaixonar?

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Quanto tempo demora para alguém se apaixonar?

Já me perguntei isso em todas as vezes que assiste filmes de romance com a Diana. Sempre critiquei mentalmente (e às vezes até verbalmente) a rapidez com que os protagonistas se apaixonam perdidamente uns pelos outros. Para mim, aquilo era completamente irreal.

Mas, contrariando todas as probabilidades, estou cultivando um amor platônico em menos de duas semanas!

Se a Diana souber dessa história, depois do tanto que eu zombei de seus filmes favoritos, vai me perturbar para o resto da vida. E com razão.

Vejo o carro da senhora Helena despontar na esquina e solto um suspiro. Já não era sem tempo!

— Desculpa a demora, filha – ele fala assim que eu entro no carro e coloco o cinto. — Estava conversando com a Gisele e acabei perdendo a hora – revela, dando partida no carro, e eu sorrio ao notar um rubor tomar seu rosto.

— Tá tudo bem, pai. – Bom, pelo menos o meu constrangimento de minutos atrás não foi totalmente em vão; isso rendeu minutos a mais de interação entre papai e sua nova "paixão".

E é só pensar em paixão para Theodoro voltar com tudo a minha mente.

Sem que eu possa evitar, me lembro de cada momentinho que passamos juntos nas ultimas semanas como se estivesse acontecendo agora: ele sentando ao meu lado no ônibus e cantando durante toda a viagem, ele me perturbando enquanto eu tentava subir aquele barranco, ele voltando para me buscar mesmo depois de eu ter colocado a culpa do "incidente" nele.

Sorrio como uma boba só de pensar nas discussões e provocações pelas coisas mais idiotas. Ele tentou ser legal em vários momentos, enquanto eu só queria manter distância, como uma perfeita idiota.

E, claro, não deixo de me recordar do beijo que trocamos. Essa, com certeza, é a minha lembrança favorita entre todas.

Não dá para acreditar! Bastou Theodoro dizer duas palavrinhas minutos atrás e eu já imaginei que ele se declararia para mim.

Suspiro e encosto a cabeça na janela do carro, sentindo o órgão dentro do meu peito bater apertado.

Sou como a Alice de 14 anos de novo, mas ao menos dessa vez eu sei quem é a pessoa que está me fazendo quase perder os sentidos.

Eu prometi a mim mesma anos atrás que nunca mais me permitiria sentir outro amor platônico. Mas aqui estou eu, outra vez me apaixonando por Theodoro, depois de ter afirmando na casa dele que tudo que a gente teve no passado é... passado.

Suspiro e escoro a cabeça no banco atrás de mim. Eu só faço burrada!

— Algum problema, princesa? – meu pai pergunta ao meu lado.

— Uhum – murmuro e fecho os olhos, tapando o rosto com as mãos.

— O que aconteceu?

— Tomei uma decisão ruim.

Outra Vez o Amor Acontece | Amores Platônicos 02Onde histórias criam vida. Descubra agora