Capítulo 22 - Isso é tão fofo!

831 121 74
                                    

Termino de contar tudo que aconteceu na casa do Theodoro, e Cristine me encara com a boca aberta em um "o" perfeito

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Termino de contar tudo que aconteceu na casa do Theodoro, e Cristine me encara com a boca aberta em um "o" perfeito. A expressão de Heloísa não é muito diferente. 

Depois que li o bilhete e cheguei ao ponto de ônibus, liguei para as minhas amigas e pedi uma "reunião" urgente. Eu precisava desabafar ou iria surtar. Então, Cristine encerrou mais cedo o expediente no mercado dos pais, Heloísa veio nos encontrar, e agora estamos nós três jogadas na cama de Cris.

— Você quer dizer que… – Cristine pisca os olhos de forma incrédula. — Como a gente suspeitava, foi mesmo tudo um grande mal entendido?

— Isso aí – respondo.

— Essa é a história mais louca que já ouvi. Quase não dá para acreditar! – Heloísa exclama, ainda perplexa.

— Eu sei. Eu também estou custando a acreditar. 

— Isso é tão fofo! 

— É mesm… o quê? – indago quando me dou conta do que Cristine acabou de dizer. 

— A história de vocês – explica, como se fosse óbvio. — Tenho que confessar que nunca imaginei você e o Theodoro como um casal, mas, agora que sei da história toda, percebi que vocês ficam perfeitos juntos. Eu já super shippo! – Ela sorri, e eu só consigo encará-la, embasbacada.

— Não! Não mesmo! Vocês entenderam tudo errado! Theodoro e eu não estamos juntos e nem vamos ficar.

— Mas você acabou de dizer que se beijaram e… 

— E foi só isso – sentencio, interrompendo a fala de Heloísa. — Essa história é passado, meninas. A gente era tão novo naquela época, e eu acho que tudo que aconteceu deve ser deixado para trás. O Theodoro também acha a mesma coisa. O beijo foi só o ponto final que faltava nessa história.

Me jogo de costas contra o colchão e encaro as telhas do teto, sentindo um peso no peito que não sei dizer o que significa.

— Se é o que você acha… – Vejo Cristine dar de ombros, colocando uma mecha loira que caiu no seu olho para trás da orelha. — Agora, falando sério, você é mais complicada que a Heloísa quando o assunto é relacionamentos amorosos. Ela ficou anos sentindo um amor platônico, sem nunca ter coragem de chegar no cara. Ao invés de arriscar e acreditar no benefício da dúvida, ela preferiu presumir as coisas e sofrer em silêncio. 

— Eu tenho mesmo que ser usada como exemplo? – Heloísa reclama. 

— Quem mais eu usaria? Não existe no mundo garota mais complicada que você para se dar conta que está apaixonada, amiga.

— Isso, por acaso, é alguma tentativa de indireta para mim? – Ergo uma sobrancelha. 

— Talvez… – Ela sorri, sínica.

— Falou a garota que é apaixonada por um cantor que nem sabe que ela existe – provoco e Heloísa ri.

— Nossa! Essa doeu! – Leva a mão ao peito em forma de punhal, totalmente teatral. 

Outra Vez o Amor Acontece | Amores Platônicos 02Onde histórias criam vida. Descubra agora