Vendido

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No dia seguinte, Randou já acordou sem paciência, pois Atsushi chorou a noite toda abraçado a uma pedra. Foi até o albino e deu um leve chute.

- acorda, hoje vou lucrar com você.

Atsushi engoliu o choro olhando Randou, suspirando já quase sem voz por tanto ter chorado.

- não ...

- quem disse que você tem escolha?

Randou o apanhou pelo braço arrastando para fora do casebre.

- você me causou prejuízo até aqui, alimentar e manter vivo de graça.

Atsushi olhava para ele com o rosto ainda mais vermelho, suspirando pesadamente e respondeu quase sem voz.

- Hum...não...

- CHEGA!!

Randou se exaltou por tanta choradeira, parecendo que que ia levar o jovem até a forca.
Logo chegaram em uma taberna um tanto diferente das demais, alí iam apostadores e jogadores, iam os que queriam apenas dançar e os que queriam beber, esses logo sendo chutados por encher a cara demais.

- entra logo, não tenho o dia todo
Está frio e preciso pegar lenha para aquecer minha casa.

Atsushi foi entrando lentamente olhando o local tão degradante que ele estava.

- ..... Merda...

Logo o anfitrião foi se aproximando deles por trás e tocou seus ombros dizendo em voz baixa.

- Em que posso servi-los, cavalheiros?

Atsushi não pronunciou nada, apenas ficou calado observando o que seu "senhor" iria responder.

- Bom dia
Vim tratar de negócios e acredito que será de seu agrado.
Pelo que vi isso aqui deve dar muito trabalho, não está precisando de um ajudante?

Perguntou Randou indo direto ao assunto, ao que o dono do estabelecimento analisou e por fim assentiu.

- decerto
E o que me propõe?

Atsushi mordeu seu dedo para evitar mais choro, tentando encontrar uma forma de fugir.
Randou negociou o preço e foi pago o que pediu, deu um tapinha nas costas de Atsushi rindo e saiu contando o dinheiro.

- tenha uma boa sorte.

O anfitrião olhou o albino dos pés a cabeça achando um pouco franzino para trabalhar, mas alguém precisava limpar tudo e lavar a louça depois do expediente.

- poderia ser melhor, mas serve

Atsushi suspirou pesadamente olhando para o anfitrião, ele não podia reclamar, mas a idéia de ser vendido como sacas de café era terrível e injusta. Alguém ganhar dinheiro as custas do trabalho que ele iria fazer.

- por favor ..

- pare de implorar e faça seu trabalho
Depois que terminar pode comer e dormir

Disse Sigma gesticulando e saiu deixando o rapaz sozinho.
Atsushi suspirou e fez como dito, andando até o local e começando a servir aqueles que estavam por alí sentados às mesas. Atsushi saiu servindo os demais presentes naquele local, olhando para às cartas.

- O que é isso?

Sigma levantou uma sobrancelha olhando para o albino como se ele fosse de outra época o encarando.

- você nunca viu cartas de baralho?
Bem, deve ser novidade por aqui, pois acabei de comprar o estabelecimento...

- não....isso é novo para mim. No ambiente que estava não podia ter esses luxos, me perdoe.

El Príncipe de la MafiaOnde histórias criam vida. Descubra agora