El Príncipe de la Mafia

O discurso do príncipe

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  Akutagawa também não havia prestado atenção, mas segundo Hirotsu, o vencedor dessa disputa teria sido o loiro.

- Kunikida

  Mori assentiu ordenando que marcassem ponto para Kunikida, olhando para os outros.

- próxima fase, luta pra valer

  Mori falou sério, cruzando as pernas

   Dessa vez a luta foi mais séria, o que vencesse essa ou marcaria seu primeiro ou segundo ponto. Caso alguém marcasse o segundo, Akutagawa teria o direito de aceitar ou rejeitar como guardião.

  O combate principal foi entre Poe e Rampo, e para surpresa de todos, quem acabara ganhando fora Rampo.

Logo mais, todos ficaram preparados para o desempate entre Kunikida e o mascarado. Esse sim um combate bem esperado.

Eles começaram a lutar, destrinchando uma espada com a outra, fazendo soltar faíscas.

  Todos estavam vidrados na segunda luta, a do mascarado contra o loiro.

  Não parecia que um deles se daria por vencido, o rei já estava com uma gota de suor escorrendo, mas pelo calor, o príncipe igualmente suado, mas se abanava com o leque, o sol que fazia era escaldante para aquele horário.

Kunikida e o Mascarado lutavam bravamente, não paravam se quer para descansar.

Até que o sino foi tocado, Mori já não aguentava mais aquela luta sem fim.

- Akutagawa, você tem o poder da escolha
Que você deseja que vença a prova?

  Akutagawa olhou ambos, ele achou Kunikida preparado para um guardião, mas sabia que teria mais informações do outro se estivesse perto de si. Por fim tomou sua decisão, foi até eles e deixou o lencinho cair aos pés do mascarado, indicando ele como vencedor da disputa.

- parabéns, espero não ter me equivocado com a escolha

  O mascarado se abaixou e pegou o lencinho, entregando a mão de Akutagawa e fazendo uma reverência, estendendo a outra mão.

Mori nem havia se importado, já sabia da escolha do seu filho.

- Típico

   Aku deu um leve sorriso, logo saberia quem é o mascarado, devolveu a reverência e apanhou o lencinho olhando nos olhos do outro, que era a única coisa não coberta pela máscara.

  O mascarado sorriu calmamente para o príncipe que a partir desse momento seria guardião, tendo de proteger de quaisquer perigos.

O mascarado não trocava uma palavra para que sua voz não fosse reconhecida.

  Akutagawa já estava desconfiado, seria esse mascarado quem ele estava pensando? Seria mesmo Atsushi?

Mas ele não perguntou, queria descobrir sem precisar fazer tal pergunta.
Fez uma nova reverência e foi para dentro do castelo.

Logo o rei também iria e aos poucos todos foram se dispersando.

  Mori entrou no castelo, logo atrás daqueles dois
Ao ver o mascarado entrar, ele falou em alto e bom tom.

- escutem bem
Sua missão é se sacrificar pelo príncipe independente do que acontecer com você
Caso algo ocorra com ele, você não será poupado e irá para forca, entendido?

O mascarado assentiu, indo de encontro com o rei.

   Akutagawa se retirou até seus apontamentos trocar de roupas para o jantar que o rei daria logo em seguida.

  O mascarado já estava de prontidão na porta do príncipe, o esperando para conduzir até a mesa de jantar.

Mori já estava sentado, esperando o banquete.

  Akutagawa terminou de se aprontar e ao abrir a porta deu de cara com o outro do lado de fora, não que fosse novidade, ele já tinha "guardiões" quando bebê, mas era outro tipo de guardiões (babás).

- não necessitava me esperar

Disse o príncipe ao sair do quarto.

  O mascarado apenas fez um gesto com a mão, como se indicasse a direção da sala de jantar.
Ele estava esperando que Akutagawa fosse na frente para que pudesse seguir, como uma sombra.

  - você não fala?

Aku esperava que agora que eles estavam próximos finalmente ouviria a voz do outro, mas se enganou, o mascarado não pronunciou um som se quer.
O moreno foi andando na frente como o outro pedira e logo chegou a sala de jantar, sentando a mesa,  com calma e elegância de um príncipe que ele era.

  O mascarado apenas parou na porta, observando sua alteza comer, e os demais empregados parados como súditos.

Mori esperou ser servido, começando a comer, olhando para o mascarado.

  Todos sem excessão observavam o mascarado, intrigados se ele não retiraria a máscara nem para comer.

- Por acaso tem algum palhaço aqui?

Mori havia se irritado, o próprio rei estava frente ao guardião de seu filho e esse o tratava com desprezo? Como se não fosse ninguém?

- Perdão..senhor

O mascarado falou de forma grave, como de costume, não era de seu feito falar muito, mas apenas falou para não desagradar sua alteza.

  Akutagawa mesmo se assustou com a atitude do pai, mas ele sabia o que fazia e nunca tomava uma decisão errada, era o rei, quem o retrucaria? Ninguém.

Apenas continuou a comer, lançando um olhar para Hirotsu e Higuchi de pé, esperando que a realeza terminasse para que eles começassem a comer, e só então resolveu tomar uma atitude, falando com o pai.

- meu pai, porque toda vez eles precisam esperar que terminemos para então começar a cear?

Mori estendeu uma sombracelha, nunca havia pensado numa resposta para esse tipo de pergunta.
Durante anos seu filho nunca se importou, e agora do nada ele demonstrou interesse?
O choque foi tanto que Mori se engasgou com um pedaço de carne, começando a tossir e ficar roxo.

O homem mascarado se aproximou e apertou o peitoral do rei, fazendo com que cuspisse o pedaço que havia ficado preso em sua garganta.

- Senhor...está bem?

- Estou...obrigado
Voltando ao assunto...é
Realeza só se senta com realeza

Então o príncipe continuou...

- eu era novo demais para entender antes, mas agora me pergunto porque?

Eles não sangram a mesma cor que nós sangramos?
As lágrimas deles também não são salgadas?
Eles são iguais a gente, quando era criança eu costumava comer na cozinha com eles, porque agora eles não podem nos fazer companhia também?

Aquilo mexeu com o coração de todos ali presentes, se podia ver uma lágrima no olho esquerdo de Higuchi e Hirotsu levou a mão ao peito, orgulhoso do pequeno príncipe que ele criou, e agora já era um rapaz cheio de vontade própria.

Mas isso era bom?