Capitulo Vinte

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Alguns dias depois da nossa conversa, John realmente contratou um detetive e me disse que vai me manter informada sobre o andamento da investigação. Mas ele parece mais empolgado que eu.

Acho fofo como ele se preocupa comigo e como quer fazer tudo do jeito certo. Não quer mesmo que eu sinta que não sou especial. Mal sabe ele que me sinto a pessoa mais especial do mundo por ter ele e todas essas pessoas incríveis do meu lado.

Queria poder contar tudo, pra mostrar pra ele que é muito especial pra mim também.

- Cat? - Eloise me chama. - Vamos, os Stirling chegaram.

- Já estou indo. - Termino de prender o colar. - Pronto, podemos ir. Não estou muito atrasada, estou?

- Não. Eles que foram bastante pontuais. - Ela prende o braço ao meu e sorri. - Acho que alguém mal podia esperar para te ver. - Sorrio. - Fico feliz em ver que agora estão juntos.

- Eu também. Passamos um bom tempo juntos nos últimos dias e gosto dele cada vez mais. 

- E posso dizer com certeza que é recíproco. Tinha que ver como os olhos dele brilharam quando disse que está vindo lhe chamar.

- Mesmo? - Ela assente. Não posso deixar de sorrir. - Sabe, por um tempo, duvidei sobre os sentimentos dele. Achei que fossem passageiros e quis acreditar que os meus também. Mas agora vejo que não eram. E acho que ficam cada vez mais verdadeiros.

- Vocês são tão fofos. Será que vai ser assim quando eu me apaixonar?

- Não sei, as pessoas são diferentes. Mas provavelmente ficará toda boba. Espero vê-la assim que breve.

- Creio que não. Meu coração é muito difícil de alcançar, ainda não quer dar uma chance para ninguém.

- Claro, senhorita, como seu coração quiser. Tenho certeza que ele saberá escolher muito bem, mesmo que demore um pouco.

- Confio nele para isso.

- Eu também. - Chegamos ao jardim e eu aceno quando vejo John, que me sorri. - Conversamos depois, Eloise?

- Com certeza. Mas não seja como aquelas mulheres que esquecem das amigas quando encontram um amor.

- Nunca. Vocês são muito importantes para mim e nenhum homem mudará isso. Amo você.

- Amo você também. Agora vá até lá e aproveite. Mas não muito, estão em público.

Acabo rindo. Ela sorri e se afasta, enquanto cumprimento as pessoas por quem passo.

- Catherine, querida, está linda. - A mãe de John fala. - Quando nos visitará?

- Quando a senhora quiser. Podemos combinar o dia. Faz tempo que não temos a oportunidade conversar.

- Então podemos nos encontrar na sexta. Vamos a modista, o que acha? Assim meu filho não a monopoliza.

- Sexta está ótimo. Perguntarei a senhora Bridgerton se ela concorda.

- Não se preocupe, eu falo com ela. Mas tenho certeza de que não haverá problema algum. Agora, vá, seu que quer ver o meu filho. Não a impedirei mais.

- Não diga isso. Gosto de passar tempo com a senhora também.

- Obrigada, querida. Mas não precisa tentar me agradar, já gosto de você. E sei que que ir até ele. Vá. Ele também deve estar impaciente.

Sorrio, um pouco envergonhada, então olho pra John, que está nos observando. Ele sorri quando percebe meu olhar.

- Está bem. Já que a senhora insiste. Com licença.

John se aproxima quando me vê andando até ele e segura minha mão.

- Olá. - Sorri.

- Olá. Pode vir comigo um instante. Prometo que não farei nada impróprio.

- Que decepção, então.

- Posso mudar de ideia se quiser.

Bato de leve no braço dele.

- Sabe que estou brincando.

- Gostaria que não estivesse. - Ele sorri quando vê minha expressão. - O que posso fazer? É verdade. - Nos afastamos um pouco dos outros. - Vamos. Acho que teremos privacidade perto daquela árvore.

- O que está aprontando?

- Você verá logo. - Ele para de forma que a árvore esteja entre nós e os outros. - Se incomoda se sentarmos sobre a grama? Esqueci a toalha.

- Tudo bem. Não me incomoda, podemos nos sentar.

Sentamos lado a lado, ele encostado na árvore e eu sobre minhas pernas, virada na direção dele. John segura minhas mãos. Parece nervoso.

- Então, sobre o que quer falar. É algo urgente? 

- Não. - Ele mexe nos meus dedos. - Queria apenas passar um tempo sozinhi com você. Não gostou? 

- Claro que sim. - Como ele ainda parece pensativo, resolvo puxar assunto. Quem sabe assim ele se acalma. - Como estão as coisas na sua casa?

- Ótimas. Minha tia não para quieta, está sempre fazendo alguma coisa. E Michael está aproveitando a atenção, já que não pode se movimentar muito.

- Ah. É verdade. Esqueci do machucado. Ele é muito teimoso, devia descansar mais. Farei uma visita em breve, então ele terá de ficar quieto e não se sentirá sozinho.

- Assim ficarei com ciúmes. 

Sorrio.

- Não seja bobo. Não precisa ficar com ciúmes, meu coração é todo seu. - Olho para as nossas mãos, sentindo minhas bochechas esquentarem. - Pensei que já fosse evidente.

- E meu coração é todo seu. - Ele segura meu queixo e faz com que olhe em seus olhos. - Espero que esteja evidente. 

Jonh junta nossos lábios brevemente, apenas um roçar.

- Não muito. - Sorrio.

- Não? - Faço que não com a cabeça. - Então que tal isso... Vamos juntos para a Escócia e não voltamos mais.

- Está pensando em me sequestrar, senhor Stirling? Isso não soa muito romântico. 

- Na verdade, estou pensando em torná-la minha esposa. Se você quiser é claro. Mas ficarei muito feliz se disser que sim, e prometo amá-la e cuidar de você até o fim das nossas vidas. - Ele coloca a mão no bolso e tira uma caixinha com um belo anel dentro. - O que me diz, Cat? Aceita me fazer o homem mais feliz do mundo? 

Olho o anel, ainda sem acreditar, então volto a olhar pra ele. Não contenho o sorriso.

- Sim. Sim, eu aceito. - O abraço forte antes de qualquer outra coisa. 

- Prometo te fazer o mais feliz possível. - Ele coloca o anel no meu dedo. - Eu te amo, Catherine Ballard.

- Eu também te amo. Nunca pensei que sentiria isso por ninguém. 

- Acho que nenhum de nós pensou.

Não consigo conter o sorriso. 

- Estou tão feliz. Quero logo contar a todos. Vamos.

- Não. - Ele me impede de levantar. - Vamos fazer algo especial. Podemos fazer um jantar na minha casa e contar a novidade para os mais próximos. O que acha? 

- Acho perfeito. 

E mais perfeito ainda se a minha família e meus amigos pudessem estar aqui. Mas acho que, nessa vida, não podemos ser totalmente felizes.

*
Oi,oi oi. Espero que gostem do capítulo e caso tenha algum erro, me desculpem.
Se quiser, fica a vontade pra votar e comentar. É muito importante pra mim.
E muito obrigada por ler. Beijão, até o próximo.

Era uma Vez... Os BridgertonOnde histórias criam vida. Descubra agora